Prefeito Marcondes Jucá tinha ‘operador financeiro’ que recebia propinas das empresas, diz desembargadora

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Prefeito Marcondes Jucá está preso por cinco dias por ordem da justiça (foto: arquivo RC)

O Revista Central teve acesso a decisão da desembargadora Maria Ilna Lima de Castro que afastou do cargo o prefeito de Choró, Marcondes Jucá, bem como decretou a prisão provisória por cinco dias. A operação “Ad Manus” da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), investiga esquema ilícito relacionado a combustíveis. Um filho do prefeito também está sendo investigado.

Segundo a peça, tudo só foi possível em razão de conversas no celular do prefeito Marcondes Jucá, apreendido durante uma operação anterior. Segundo o MP, Jucá utilizava a máquina pública para obtenção de vantagens pecuniárias em benefício próprio e de terceiro. Apurou-se que o esquema criminoso tinha até um operador financeiro.

Segundo a Procuradoria, o Tesoureiro da Administração Douglas Barreto de Lima chegou a propor ao prefeito Marcondes que fosse as contas raspadas, ou seja, zerada. Esse diálogo foi encontrado via WhatsApp. Já Douglas Barreto esteve em comunicação direta com o prefeito Marcondes em relação à utilização de verbas públicas para propósitos distintos daqueles para s quais foram designadas, desviando recursos”.

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Em uma da empresa que prestava serviço de assessoria contábil, repassava mensalmente o valor de R$ 1.000 mil reais a Jucá. Para a Procuradoria, Marcondes arquitetou uma estrutura criminosa para recebimento de valores ilícitos, mediante práticas de recebimento de propina de empresa quem têm contratos perante o Município de Choró. A própria era pagas para vereadores, servidores e outras pessoas. Agiotas faziam a operação financeira, em seguida, eram pagos a partir de empresas contratadas pelo Município.

Todos os investigados tiveram a quebra dos sigilos telefônico, bancário e fiscal, bem como os órgão como Receita Federal e Banco Central para que forneçam informações sobre movimentação financeiras.

Para a Desembargadora, Marcondes Jucá “utilizava-se de práticas delituosas para desviar verbas e recursos públicos agindo em nome próprio, auferindo vantagens indevidas para si e para outrem”.

A operação recebeu o nome de “Ad Manus”, expressão em latim que significa “Nas mãos”. (foto: Assessoria MPCE)