Homem de 42 anos que se masturbava na frente de crianças em Quixadá pode ter transtorno de parafilia; entenda o que é

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Inquérito instaurado pela Delegacia Regional de Quixadá apura o caso em inquérito (Foto: Divulgação)

Quixadá:  O homem de 42 anos que foi flagrado se masturbando próximo a uma igreja na frente de adolescentes, adultos e de crianças que brincavam na rua, deve responder por três diferentes crimes: prática de ato libidinoso na frente de menores, ato obsceno e crime de trânsito, já que na fulga ele feriu duas pessoas ao dirigir de forma perigosa.

Os detalhes foram informados pelo delegado titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá, William Lopes. O homem foi preso durante a última semana, depois de ser flagrado cometendo o ato enquanto observava crianças que brincavam. De acordo com o delegado William Lopes estava de acordo com seus próximos atos, pelo indivíduo de dentro.

Conforme o delegado o homem exercia trabalho remunerado e os atos que praticava eram uma espécie de transtorno. “Ele era um rapaz teoricamente cidadão, mas era realmente uma coisa incontrolável, um distúrbio incontrolável que fazia com que ele agisse dessa maneira teoricamente”, disse o delegado.

A prática de atos libidinosos na presença de pessoas é prevista pelo Código Penal Brasileiro. A pena varia de prisão de dois a quatro anos, mas pode ser aumentada já que o homem também será enquadrado em dois outros crime: direção de perigo e ato obsceno na frente de adultos.

Na psicologia a prática de ato libidinoso na presença de alguém é considerado um transtorno parafílico. Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) existem oito tipos:

  • transtorno voyeurista: espiar outras pessoas em atividades privadas
  • transtorno exibicionista: expor os genitais
  • transtorno frotteurista: tocar ou esfregar-se em indivíduo que não consentiu
  • transtorno do masoquismo sexual: passar por humilhação, submissão ou sofrimento
  • transtorno do sadismo sexual: infligir humilhação, submissão ou sofrimento
  • transtorno pedofílico: foco sexual em crianças
  • transtorno fetichista: usar objetos inanimados ou ter um foco altamente específico em partes não genitais do corpo
  • transtorno transvético: vestir roupas do sexo oposto visando a promoção sexual

De acordo com a psiquiatra Paula Dione, a parafilia é um tema pouco convencional, podendo ser considerado uma preferência sexual ou em alguns casos, um comportamento patológico. “Por poder constituir-se como um comportamento que visa alterar a complexidade a partir de um objeto, situação ou lugar não-convencionais, a parafilia poder-se com variações da sexualidade, implicarão em natureza patológica a partir de um funcionamento fixo, repetitivo ou dos seus artigos assinados”, explica em .