Um mês após fim da quadra chuvosa, Ceará ainda tem 35 açudes sangrando

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Açude Macacos, em Ibaretama, é um dos que sangraram este ano no Ceará (Foto: Alan Queiroz)

Passado praticamente um mês do fim do período chuvoso no Ceará, o cenário hídrico dos açudes ainda é otimista e animador. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Funceme) ainda existem 35 açudes sangrando.

Os dados equivalem até a última segunda-feira (27). Uma semana atrás eram 43 o número de açudes em sangria. Mesmo com o fim das chuvas no mês de julho e mais precisamente com o ritmo de precipitações diminuindo cada vez mais na última semana, o total de açudes sangrando reforça o cenário hídrico positivo.

Dos 156 açudes monitorados pela Cogerh 17 estão com volume de armazenamento superior a 90%. 13 estão em volume morto e dez reservatórios estão completamente secos. 56 açudes estão com nível abaixo dos 30%, conforme o levantamento da Cogerh. O total dos açudes somam pouco mais de 39% de acumulado para todo o Ceará.

Outro fator que reforça a segurança hídrica dos açudes são as reuniões sobre alocação de água. Nas últimas semanas os comitês de bacias da Cogerh já decidiram pela alocação de água em pelo menos cinco regiões do Ceará. A boa recarga em consequência das chuvas deste ano podem estar favorecendo a celeridade das decisões sobre alocação.

A situação hídrica é mais confortável hoje se comparada a anos anteriores. Desde 2013 o volume total dos açudes cearenses não atingia tal marca, registrando baixos aportes sucessivos nos anos subsequentes.

Para o Diretor Presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, o panorama traz certa tranquilidade, mas ainda inspira cuidados, principalmente nas regiões onde os aportes não foram expressivos, como é o caso da Bacia do Banabuiú, no Sertão Central do Estado, da Bacia do Médio Jaguaribe (onde está o Castanhão), e da Bacia dos Sertões de Crateús.