Região Central: Em forma de água, a esperança chegou e trouxe alívio e emoção à população de Ibaretama. Depois de 13 anos o açude Macacos, o principal reservatório do município, encheu e chegou a sua capacidade máxima. A água que verte do reservatório tem chamado a atenção da população e se tornou razão de alegria entre os ibaretamenses.
De acordo com as informações do Portal Hidrológico do Ceará, ferramenta da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) que faz o monitoramento diário dos 155 açudes que são de responsabilidade do estado, o Macacos começou a sangrar no último dia 31 de maio, mas foi nesta quarta-feira (1°) que, de acordo com populars, que água verte do local onde fica armazenada de maneira mais forte.
Conforme os dados da Cogerh, o Macacos vinha recebendo aporte significativos desde o final de fevereiro de 2022. Desde então a cota percentual acumulada sempre era maior do que o dia anterior, ou seja, nunca chegou a ter menos do que o volume observado em um dos dias. Na última segunda-feira (30), o açude atingiu a marca de 84% e no dia seguinte sangrou, marcando sua capacidade de acumulo total, que é de 10.320.337 hectômetros de metros cúbicos.
As obras do Açude Macacos foram concluídas no final de julho de 2007. Embora esteja situado no Sertão Central, o açude compõe a Bacia da Região Metropolitana e foi construído para barrar as águas do riacho dos Macacos, um afluente do rio Piranji. Dois anos depois ele sangrou pela primeira vez, no final de maio de 2009. Esta é a segunda vez que o Macacos sangra.
Desde que começou a sangrar o açude virou uma atração em Ibretama. Populares e curiosos estão indo diariamente no local para registrar as imagens que há 13 anos não se repetiam. Na última semana a prefeita Elíria Queiroz visitou o local, acompanhada de uma comitiva de secretários do município. Destacando a data histórica para o abastecimento do município, Elíria agradeceu a Deus pelas chuvas e aproveitou a ocasião para peder compreensão da população em relação aos prejuízos nas estradas provocados pelas chuvas.
“A gente só tem a agradecer a Deus por esse momento histórico, 13 anos que o açude não sangrava, muita chuva em nosso município e por isso estamos muito felizes. Queremos pedir um pouco da compreensão da população em relação às estradas porque estamos com muitas chuvas e quando queremos ajeitar, piora muito as estradas”, explicou Elíria Queiroz.
No último monitoramento de aportes feito pela Cogerh nesta quarta-feira (2), o Ceará tinha 40 açudes sangrando e outros 12 em volume acima dos 90%. Outros seis já tinham sangrado durante o período da quadra invernosa. No outro extremo 12 reservatórios estão em volume morto e pelo menos seis estão completamente secos.