Açudes Castanhão e Orós atingem o maior volume de água dos últimos sete anos

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Açude Castanhão, o maior do Ceará, está com 17,72% de volume hídrico. — Foto: Secretaria de Recursos Hídricos/ Divulgação

O bom início da quadra chuvosa deste ano fez com que o nível do açude Castanhão, o maior reservatório do Ceará, atingisse o melhor nível dos últimos sete anos, com 17,72% de volume nesta última terça-feira (12). Em 2015, o volume se aproximou dos 16%, conforme o Portal Hidrológico.

Outro reservatório que também atingiu seu melhor volume hídrico desde 2015 foi o açude Orós, o segundo maior do estado, que atualmente está com o volume hídrico em 42,18%.

Neste primeiro trimestre do ano, o Castanhão aportou quase 600 milhões de metros³. Esta foi a maior recarga dentre os 155 açudes cearenses em 2022. Em 2017, o reservatório chegou a ficar em volume morto, com 3,15% da capacidade de armazenamento.

Segundo o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, as chuvas intensas de março, principalmente na região do Cariri, ajudaram no aporte do açude Castanhão. Apesar do aumento do nível, Teixeira alerta sobre o abastecimento do reservatório para outras atividades.

“O reservatório saiu de pouco mais de 8% para mais de 17%, o que é um aporte representativo, mas vale ressaltar que não traz a garantia para o abastecimento de todos os seus múltiplos usos, sobretudo, o da agricultura irrigada. Temos a garantia para o abastecimento hídrico humano de todo o ano, mas não podemos ter essa garantia para os demais usos.”

Aporte geral
O Ceará se encontra com 32,11% de aporte nos seus açudes. São 27 açudes sangrando e 5 acima de 90% nesta terça-feira (12). A região com maior volume armazenado é a do Coreaú, que aportou 92,9% dos seus reservatórios.

Em contraste, os açudes bacias do Banabuiú e do Curu não tiveram um aporte substancial, aportando até o momento 7,7% e 16,3% respectivamente. O Banabuiú, terceiro maior reservatório do Estado está, atualmente, com apenas 8,29%.

Conforme o secretário Teixeira, essas duas regiões são as que exigem monitoramento mais “minucioso”, “muito embora a situação esteja sob controle e sem risco de desabastecimento”.

 

Com informações do G1