Réus que mataram e enterraram filho de ex-vereador de Banabuiú são condenados; soma da pena chega 56 anos

Jean Saraiva Leão – vulgo “Jean” e Victor Pereira Mendonça, v. “Gun’s Roses” foram considerados culpados (foto: arquivo RC)

Região Central: No dia 20 de março de 2018 nas proximidades do cemitério público da cidade de Banabuiú, DD – v. “Gereba”, 24 anos, foi torturado e assassinado a mando de uma facção criminosa, após morto foi enterrado em uma cova rasa, segundo apurou a Polícia Civil e acrescenta que a morte do jovem foi em razão de fazer denúncias das ações criminosas as autoridades. A vítima era filho do ex-vereador Eudinho Gerônimo.

O homem ao ser torturado teria confessado que estava informando as atividades criminosas dos mesmos para a polícia.

É importante destacar que o crime só foi possivel ser desvendado em razão de um árduo e zeloso trabalho da Polícia Civil que não mediu esforços para identificar e prender os autores desse bárbaro crime. Quatro pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, identificadas como Jean Saraiva Leão – vulgo “Jean”, 29 anos; Antonio Cleiton Rodrigues Nobre – v. Cabeção, 31; Victor Pereira Mendonça, v. Gun’s Roses, 22, e Gerlison Herculano de Oliveira – vulgo “Joãozinho”, 28.

Todos foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual-MPCE. A Justiça recebeu a denúncia e tornou-se eles réus em uma ação penal, todavia, “Joãozinho” foi morto em dezembro do mesmo ano. O juiz Welithon Alves de Mesquita pronunciou os acusados e determinou que fossem julgados pelo Tribunal do Júri Popular.

No último dia 26 de novembro, os réus Jean Saraiva Leão e Victor Pereira Mendonça foram levados a julgamento e o Tribunal do Júri Popular. A defesa do réu Antônio Cleiton Rodrigues Nobre pediu desmembramento da ação tendo em vista a existência de teses conflitantes, o que foi deferido pelo juiz.

Jean Saraiva Leão e Victor Pereira Mendonça foram considerados culpados pelo assassinato de “Genebra”. O juiz Welithon Alves de Mesquita, da Vara Única Criminal da Comarca de Quixadá fixou penas distintas para os condenados, cuja suma das duas é de 56 anos e 8 meses.

Victor Pereira Mendonça terá que cumprir pena de 26 (vinte e seis) anos e 8 (oito)meses, a ser em regime inicialmente fechado, enquanto Jean Saraiva Leão 30 anos.

O juiz explicou que as circunstâncias legais não podem elevar a pena acima do máximo legal, que é de 30 (trinta) anos de reclusão, tendo em vista que os fatos foram praticados antes da entrada em vigência do pacote anticrime, Lei 13.964/19, que elevou o patamar máximo do delito para 40 (quarenta)anos. Victor por ter 18 anos na época também foi beneficiado com uma atenuante.

Detração

“Jean” encontra-se presos há 3 (três) anos, 03 (três) meses e 24 (vinte e quatro) dias de detração. Restando a pena em 26(vinte e seis) anos 08 (oito) meses e 06(seis) dias de reclusão.  Victor estava soltou por ordem do TJCE e ainda terá que cumprir (vinte e três) anos, 10 (dez) meses e 29 (vinte enove) dias.

O juiz decretou a prisão do condenado Victor e não concedeu o direito de ambos recorrerem em liberdade. O réu Antonio Cleiton Rodrigues Nobre – v. Cabeção, ainda será levado a julgamento.

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