O primeiro caso de transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus foi confirmado no Ceará. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) se posicionou oficialmente sobre o assunto confirmando o caso. O diagnóstico ocorreu na última segunda-feira (9)a partir do sequenciamento genômico da amostra de RT-PCR do paciente. A Sesa disse que já iniciou o monitoramento e a investigação para compreender as circunstâncias da infecção.
A informação coloca todo o estado em alerta porque a transmissão comunitária é aquela que não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre as pessoas. Esse tipo de transmissão acontece em um local mesmo que ali ninguém tenha viajado para o exterior.
A variante foi confirmada em um profissional de saúde do sexo masculino que reside no município de Icó, na região Sul do Ceará. Segundo informado pelo investigado, ele não viajou recentemente para fora do Ceará nem teve contatos com viajantes.
Até o momento, a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Ceará, em cooperação com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), identificou 16 casos de variante Delta no Estado, sendo 15 de transmissão importada (por viajantes de outros estados brasileiros) e esta transmissão comunitária do profissional de saúde de Icó
Mediante a confirmação do primeiro caso no Ceará, a Sesa já enviou às secretarias municipais de saúde um documento com orientações técnicas a serem tomadas. As barreiras sanitárias, por exemplo, voltaram a ser recomendadas. Nesta quarta-feira (11) a justiça determinou que passageiros de outros estados que cheguem ao Ceará por meio dos aeroportos, só podem desembarcar mediante apresentação de teste negativo ou comprovação de vacinação com as duas doses.