O retorno às aulas no formato presencial no Ceará, frente a pandemia da Covid-19, levantou uma discussão entre professores, profissionais da educação em geral e pais de alunos. A grande incógnita feita até hoje é: será que há, de fato, um cenário seguro para que se permita o retorno das aulas na modalidade presencial?
O Ministério Público do Ceará (MPCE) tem acompanhado de perto esse processo de discussão, na tentativa de conseguir manter a neutralidade e objetivar decisões seguras e precisas. Conforme um levantamento feito pelo órgão de justiça cearense, até o momento secretarias de educação de 16 municípios do Estado já se reuniram com o MPCE para tratar do assunto.
Não houve até o fechamento desta reportagem, na noite desta sexta-feira (18), nenhuma cidade do Sertão Central na lista entre as que promoveram discussão com o MPCE sobre o retorno das aulas presencial. As que já promoveram encontro com o MPCE foram: Acarape, Ararendá, Baixio, Caucaia, Graça, Horizonte, Ipaporanga, Ipaumirim, Ipueiras, Jati, Lavras da Mangabeira, Penaforte, Poranga, Porteiras, São Benedito e Umari.
De acordo com o órgão, os encontros virtuais, promovidos por iniciativa de promotores de Justiça de diversas cidades, contam com a participação de secretários e representantes das Secretarias Municipais de Saúde e Educação dos municípios. Nas ocasiões, o MPCE vem recomendando que cada município elabore um Plano de Retomada das Aulas Presenciais e realize visitas in loco em algumas instituições de ensino.
Nas reuniões, os promotores e coordenadores auxiliares do Centro de Apoio Operacional da Educação (Caoeduc), Luiz Cogan e Francisco Ivan de Sousa, juntamente com o corpo técnico do Centro de Apoio, apresentam análise técnica, com exposição de documentos e subsídios com orientações de órgãos estaduais e nacionais, que tratam sobre recomendações sanitárias referentes à possibilidade de retomada das atividades escolares na modalidade presencial.
“Isso mostrar o quanto o MPCE está engajado, de uma forma geral, para a retomada das aulas”, comentou o promotor de Justiça Oigrésio Mores, destacando ainda o preparo e conhecimento técnico necessário para o auxílio aos membros que a equipe do Caoeduc possui.