Governo aciona bandeira vermelha nível 2 e conta de luz fica duas vezes mais cara em junho

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Conta de luz passa a contar com sistema tarifário de bandeira vermelha e energia fica mais cara este mês

Pode preparar o bolso: durante o mês de junho que começou, a conta de luz vai ficar mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na última sexta-feira (28) que vai vigorar no país o patamar 2 da bandeira tarifária, o mais caro do sistema. Isso significa que será cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país um valor adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos.

É a primeira vez neste ano que a agência aciona a bandeira vermelha nível 2. Durante o mês de maio, vigorou a bandeira vermelha 1, que aplica cobrança adicional de R$ 4,16 para cada 100 kWh consumidos.

Essa medida é reflexo do baixo nível de armazenamento de água nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por mais da metade da capacidade de geração do país. De acordo com o governo, o último período de chuvas intensas nas duas regiões, de novembro de 2020 a abril de 2021, foi o mais seco em 91 anos.

Quando o nível dos reservatórios está baixo, o governo aciona mais usinas termelétricas, que geram energia a partir da queima de combustíveis, como carvão e diesel.

Ao acionar mais termelétricas, o governo reduz a geração hidrelétrica e poupa água dos reservatórios. Entretanto, a energia produzida pelas térmicas é mais poluente e cara, o que se reflete em aumento nas contas de luz.

A cobrança adicional da bandeira tarifária, criada em 2015, serve justamente para levantar recursos que vão pagar pelo custo mais alto de produção de energia.

Na quinta-feira (27), o governo emitiu um alerta de emergência hídrica na região da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.