Descaso: Servidores de Canindé estão em greve geral, que atinge Saúde e Educação

Comissão de Servidores Públicos de Canindé realizara ato nas ruas (foto: divulgação)

Região Central: Desde a última segunda-feira, 5, servidores municipais de Canindé estão em greve. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos de Canindé (Sindsec), trabalhadores da Saúde, da Educação e do Fundo Geral integram o movimento. Entre as demandas da categoria estão adicional por tempo de serviço, ascensão dos professores e gratificação por trabalho no campo para agentes de endemia.

A greve está deflagrada desde 16 de março, com prazo de duas semanas para que a prefeita se manifestasse, mas ela fez ouvido de mercador para as demandas”, afirma Regina Lemos, presidente do Sindsec. “É uma greve geral, porque os direitos reivindicados atingem todos os servidores.” Ela afirma ainda que o assunto foi colocado pelo Sindicato à Prefeitura em 17 de dezembro, depois em reunião em 9 de fevereiro. “Também pedimos insalubridade de 40%, que é o máximo, para servidores da linha de frente contra a Covid-19.”

Segundo Regina, a greve está acontecendo dentro da lei de 30% dos servidores trabalhando e a adesão está sendo manifestada em listas diárias de assinatura online. “Todos os dias são cerca de 300, 350 assinaturas. Mas os profissionais da saúde, por exemplo, estão fazendo revezamento. Parte não trabalha e parte vai para aplicação de vacinas; no outro dia, trocam os grupos.”

A prefeita de Canindé, Rozário Ximenes (DEM), publicou nota nas redes sociais em que classifica a greve como “irracional e ilegal”. Ximenes argumenta que o pagamento dos salários está em dia e, assim, a greve seria egoísta. “Deixo aqui meu total repúdio a esse ato irresponsável de um pequeno grupo egoísta, que tenta prejudicar toda a população em meio a uma crise econômica. Iremos resistir e fazer valer as leis, continuando com nosso dever e compromisso de pagar nosso servidores em dia, como tem sido desde o primeiro dia da nossa gestão“, afirma.

Nos comentários, alguns moradores da cidade discordam da greve e outros argumentam em favor da reivindicação de direitos trabalhistas. Outros ainda reclamam de pagamentos atrasados dos salários. Na quarta-feira, 7, a prefeita autorizou o calendário de pagamento dos servidores municipais, que será cumprido entre 8 e 14 de abril.

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Em contato com O POVO, Rozário reafirmou a nota publicada e alegou que “as receitas caíram, o percentual de folha subiu e o salário está em dia”. “Não posso negociar o que não posso pagar. Seria improbidade. O percentual demandado é alto. Além da lei de responsabilidade e a lei federal do congelamento (dos salários dos servidores públicos)”, afirma. “Na hora que a receita reagir sim (será possível negociar), mas neste momento eu não posso. Neste momento eu estou atrás de salvar vidas. Aqui está um colapso.”

O município tem todos os 22 leitos Covid do Hospital e Maternidade Regional São Francisco ocupados.

Com informações do O Povo Online