Se você faz parte daquela parcela da sociedade que está furiosa com os decretos que proíbem as aglomerações e não dá a mínima para as consequências de uma pandemia, então leia isso: pesquisadores da Fundação Oswaldo Crus (Fiocruz) encontraram 41 novas mutações do vírus SARS-Cov-2, conhecido como coronavírus. As novas variações foram encontradas em um estudo com o genoma do vírus feitas em Rondônia. As informações foram confirmadas pelo Uol.
As mutações do vírus estava instaladas em outras três novas variações que tinham sido recentemente detectadas no estado, o que fortalece a tese de que o vírus da Covid-19 tem capacidade de se replicar alterando seu gene. Os estudos concluíram que as 41 variações analisadas em Rondônia são potencialmente mais perigosas, possuem mais risco de reinfectar alguém e que ainda são mais facilmente retransmissíveis.
“Seis mutações chamam a atenção e ocorreram na proteína Spike, usada pelo coronavírus para entrar nas células humanas. Mudanças nessa proteína podem ampliar a capacidade de transmissibilidade do vírus e serem responsáveis por casos de reinfecção ou mesmo redução da proteção de vacinas”, disse o Uol. O estudo contou com colaboração da Secretaria de Estado da Saúde, do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) e do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical.
Por ora, dizem os pesquisadores, não existem indícios de que as mutações vistas em Rondônia tornem o vírus mais agressivo ou que afete a gravidade da doença. Entretanto, elas teriam poder de contaminar mais pessoas ao mesmo tempo e colapsar hospitais.