O ex-secretário de Casa Civil do governo Cid Gomes (PDT), Arialdo Pinho, foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (3) em uma operação que investiga suposto esquema ilícito de crédito consignado em folha de servidores estaduais. Um ex-genro de Pinho, que também é investigado, foi preso junto com um contador e dois empresários durante a ação. O senador Cid Gomes não foi alvo da operação.
De acordo com o superintendente da PF no Ceará, Dennis Cali, também foram apreendidos veículos de luxo, obras de arte e dinheiro com os envolvidos. Também houve o bloqueio de contas bancárias e investimentos que totalizam, junto com os objetos apreendidos, R$ 106 milhões, valor movimentado pelo esquema criminoso.
A investigação apura supostas irregularidades ocorridas entre os anos de 2008 e 2014, na gestão do ex-governador Cid Gomes. Apesar de a PF não divulgar o nome do investigado, à época, a Casal Civil do Ceará era chefiada por Arialdo Pinho, que atualmente é secretário de Turismo do Estado.
O G1 entrou em contato com as assessorias do ex-governador Cid Gomes e do secretário Arialdo Pinho e aguarda um posicionamento sobre a operação. Até as 11h45, as secretarias de Turismo e da Casa Civil do Ceará também não haviam se posicionado.
Esquema ilícito
Segundo a PF, o esquema envolve crimes de associação criminosa, corrupção, fraude em licitação, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. A Polícia Federal afirma que o ex-genro de Arialdo Pinho seria o gestor de uma das empresas que comandou o esquema.
“Nesse primeiro momento, as pessoas que sofreram as medidas mais drásticas de prisão temporária são as pessoas que, diretamente, participaram do esquema na montagem de toda engrenagem para fraudar a licitação e obter os recursos. As pessoas que sofreram busca e apreensão são pessoas que participaram do esquema e, de uma forma ou outra, se beneficiaram do esquema”, disse o delegado Dennis Cali.
O cumprimento dos mandados foi autorizado pela Justiça Federal. Um inquérito policial revelou conluio entre agentes públicos estaduais, ex-gestores de instituições financeiras e empresários que atuaram no direcionamento ilícito de operações de crédito consignadas em folha dos servidores do governo do Ceará.
Conteúdo: G1