A vacinação em massa contra a Covid-19 pode acontecer até julho de 2021, no Ceará, afirmou nesta segunda-feira (19) o secretário estadual da saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto.
“O estado do Ceará está ligado às ações da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A nossa vacina que está com a Fiocruz tem previsão pro ano que vem. Quer dizer, a vacinação em massa seria até julho do ano que vem”, afirma o secretário, referindo-se à vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, que retomou os testes no Brasil na semana passada após suspender atividades devido ao registro de efeitos adversos em voluntários.
Outras opções, porém, não estão descartadas pelo gestor. “O estado de São Paulo tem uma parceria entre o Butantan e um laboratório chinês que está falando que começa a produção em dezembro. Está sendo discutido a nível de Ministério (da Saúde), se nós podemos nos antecipar e usar essa vacina também”, explica.
Em São Paulo, o imunizante, a Coronavac, é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta segunda-feira que a vacina é a mais segura das que estão em desenvolvimento, e afirmou que a eficácia do imunizante deve ser comprovada até dezembro.
Aumento de casos no interior
Ainda na entrevista, o Dr. Cabeto alertou para o aumento do número de casos em Fortaleza, na última semana, e para a recomendação de medidas restritivas em cinco municípios do interior do estado: Crateús, Icó, Russas, Juazeiro do Norte e Tauá. O secretário voltou a ressaltar que a pandemia não acabou e que permanece a obrigatoriedade do uso de máscaras.
A recomendação ocorreu no domingo (18), em decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). O documento orienta que os municípios citados intensifiquem as fiscalizações e adotem ações de isolamento social que evitem a aglomeração de pessoas.
“Em função dos dados epidemiológicos verificados pelas autoridades da saúde, deixa-se recomendação aos municípios de Crateús, Icó, Russas, Juazeiro do Norte e Tauá para que reforcem a fiscalização e adotem medidas de isolamento social mais restritivas para conter a disseminação da Covid-19, especialmente quanto à redução de aglomerações”, afirma o decreto.
As cinco regiões registraram crescimento do número de casos de Covid-19 no período entre as semanas epidemiológicas 38 (do dia 13 a 19 de setembro), 39 (20 a 26 de setembro) e 40 (27 de setembro a 3 de outubro).
De modo geral, a taxa de positividade da doença vinha em queda no estado, e no começo de setembro (do dia 6 ao dia 12) alcançou o menor patamar com 12,50% do total de exames positivos.
Com informações do G1