A Feira Virtual de Quixeramobim segue em ritmo de expansão de negócios e de participação de produtores rurais. O número de agricultores familiares vendendo alimentos agora é de 137: quase o triplo do registrado no final de abril. O evento do Instituto de Arte, Cultura, Lazer e Educação (Iarte) conta com transmissão pelo Instagram e divulgação pelo Whatsapp. As feiras acontecem sempre às quartas-feiras e os pedidos são pelo site, ou através do número: (88) 9.8842-1385.
“Queria agradecer por lembrarem de mim pra participar dessa feira. Tenho freguês no mercantil, mas imagine aí que não tô podendo nem sair e ir até lá para entregar verdura e não quererem nem trinta mói (de cheiro verde). Então, não paga nem a minha viagem. É muito melhor vender pra vocês mesmo. Graças a Deus nunca falta freguês pra quem quer trabalhar e que Deus ajude para que os pedidos de vocês vão aumentando cada vez mais”, deseja Maria do Socorro, da comunidade Parelhas.
Dona Socorro é uma das agricultoras que, antes da pandemia, participava de todas as quartas da Feira da Agricultura Familiar num galpão em Quixeramobim. “Os produtos dela eram pouquíssimas coisas e, quando surgiu a feira virtual, começamos a fazer as orientações técnicas: o que ela poderia estar plantando, o que poderia aproveitar do quintal dela. Hoje, ela é uma das agricultoras que mais realiza entregas (de produtos pela feira)”, relata Gizélia Ribeiro, presidente do Iarte.
Mais produtos, mais vendas
Hoje, Dona Socorro ampliou o leque de produtos da agricultura familiar e oferece aos consumidores de Quixeramobim: alface, ata, cheiro verde, melão, pepino, malvarisco, quatro tipos de hortelã, farinha de gergelim com rapadura, molho de pimenta artesanal e cascas de jatobá e ameixa. “E, agora, ela também vai começar a vender boldo e outras plantas medicinais”, acrescenta Gizélia Ribeiro. A Feira Virtual conta com apoio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário e do Instituto Agropolos.
“Essa feira foi muito importante porque precisamos aproveitar os nossos produtos na época certa. Ainda hoje, encontrei uma cliente que me perguntou se essa feira era nossa e eu confirmei”, revela a agricultora familiar Maria José. “A gente está deixando de correr esse risco de vender no meio da rua. É só entregar aqui (no Iarte) e voltar para casa”, reforça Francisco Sérgio, que há dezessete anos trabalha como feirante no município do Sertão Central.