O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e da 2ª Promotoria de Beberibe, e com apoio da Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (18/12), a Operação “Uruanda”. O objetivo da ação foi apurar suspeitas de corrupção, fraude à licitação, peculato, associação criminosa e falsidade documental que envolveriam a locação de veículos para a Prefeitura de Beberibe.
Ao todo foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão para as cidades de Beberibe, Fortaleza, Maracanaú, Pacatuba e Choró, em face das duas empresas; das ex-chefes de gabinete do prefeito da Beberibe, Adélia Colaço Bessa e Ingrid Peixoto Bessa; do servidor Márcio Santos de Almeida; dos empresários Tiziano Moura Belchior, Bárbara Stephanie Capistrano e Luiz Gonzaga Cordulino Junior; e dos particulares Suyanne Caetano Dias e Cleylton Ferreira da Silva, conhecido por “Cabeça de Choró”. Dentre os itens apreendidos, está uma quantia aproximada de R$ 130 mil em espécie, encontrada no poder de dois investigados.
De acordo com as investigações, licitações abertas no ano de 2017 teriam sido direcionadas para a empresa Performance, cujos sócios e funcionários passaram a pagar propina a agentes públicos em troca de fraude nos processos de pagamento, gerando superfaturamento, prejuízo aos cofres públicos e enriquecimento ilícito dos suspeitos.
Segundo o apurado, ainda haveria um conluio entre as empresas Performance e K3, que pertenceriam, na verdade, ao mesmo grupo de suspeitos, no intuito de simular competitividade na licitação e garantir a vitória da primeira empresa.
O empresário “Cabeça”, é um dos nomes que deve disputar as eleições municipais ao cargo de prefeito de Choró. Ele é oposição a atual prefeito Marcondes Jucá.
Com essa operação de combate a corrupção, o pré-candidato “Cabeça”, deve sair da disputa.