Homem se passa por mulher em aplicativo, obtém fotos íntimas de casal e é preso por extorsão no Ceará

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Homem se passa por mulher em aplicativo de paquera para obter nudes, diz polícia — Foto: PCCE/Divulgação

Um homem foi preso após tentar extorquir dinheiro de um casal, no município de Barbalha, na Região do Cariri cearense, na última terça-feira (21). Ele ameaçava divulgar fotos íntimas das vítimas para obter valores.

De acordo com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Juazeiro do Norte, o homem se passava por uma mulher, utilizando o nome de “Camila”, em um aplicativo de relacionamento para atrair casais, obter fotos íntimas e depois extorqui-los. Quando conseguia as fotos, ele pedia dinheiro para não as divulgar nas redes sociais.

A prisão do suspeito, identificado com Ivanildo Silva Tavares, ocorreu após o casal procurar a DDM para denunciar o caso. Ele foi capturado após marcar um encontro com a vítima dentro da Igreja Matriz de Santo Antônio, em Barbalha, para receber o dinheiro e apagar as fotos.

No entanto, Ivanildo foi surpreendido pelos policiais civis da DDM, que acompanharam o casal e esperaram ele receber o dinheiro da vítima para efetuar a prisão em flagrante.

“Policiais da Delegacia foram acompanhando o casal de longe e, no momento que o suspeito estava dentro da igreja com a mulher, eles entraram em ação e capturaram o homem em flagrante”, relatou Débora Gurgel, titular da DDM.

Identificações falsas
A delegada informou, ainda, que o homem fez várias outras vítimas por meio do aplicativo de relacionamento e do Instagram. Ivanildo Silva utilizava as fotos das mulheres para criar novos perfis.

“Nós apreendemos o celular dele e podemos verificar que ele fez várias vítimas. Já entramos em contato com algumas para que elas venham denunciá-lo. Inclusive, ele usava as fotos delas para criar novos perfis. No Instagram, Ivanildo se passava por Gregório Eduardo, 23 anos, para enganar mais pessoas”, explicou Gurgel.

Ivanildo Silva já respondia a um crime de extorsão, com as mesmas características.

Denúncia
A pena para o crime é de quatro a 10 anos de reclusão. A pena pode ser aumentada de acordo com o número de vítimas. A DDM de Juazeiro ressalta a importância de outras vítimas procurarem a delegacia para denunciar a prática.

Conteúdo: G1 CE