Polícia Civil prende dois integrantes do alto escalão de organização criminosa do Ceará

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A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) capturou dois integrantes do alto escalão de uma organização criminosa cearense, neste fim de semana, em Recife, Pernambuco. Com as prisões, pôs fim a vida de luxo que levavam os dois criminosos. O trabalho conduzido pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP) levou os policiais civis até a capital pernambucana, onde conseguiram localizar e prender “Barrinha” e “Tiago Magão”, ambos com extensa ficha criminal e ocupando função estratégica nas atividades da organização criminosa. Os detalhes da operação policial foram apresentados, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (15), no auditório do Complexo de Delegacias Especializadas (Code), em Fortaleza.

Francisco de Assis Fernandes da Silva (43) e Francisco Tiago Alves do Nascimento (33), “Barrinha” e “Tiago Magão”, respectivamente como são conhecidos os presos, são apontados nos relatórios de inteligência da Polícia Civil cearense como mandantes das ações criminosas do grupo ao qual pertencem, na função de chefia. Os dois investigados viviam em imóveis de alto padrão, localizados em Boa Viagem, Recife, onde ostentavam uma vida de luxo, com o dinheiro que era arrecadado pelos outros membros do grupo criminoso em atividades ilícitas. Para despistar a atenção das autoridades na cidade pernambucana, os suspeitam faziam uso de diversos documentos e cartões com nomes falsos. Além dos imóveis caros, dois veículos recém-adquiridos eram utilizados pelos homens. Relógios de alto valor e anéis de ouro feito sob medida faziam parte da vida que os homens levavam com o dinheiro obtido de maneira ilegal.

Francisco de Assis Fernandes da Silva (43) e Francisco Tiago Alves do Nascimento (33), “Barrinha” e “Tiago Magão”, respectivamente como são conhecidos os presos, são apontados nos relatórios de inteligência da Polícia Civil cearense como mandantes das ações criminosas do grupo ao qual pertencem, na função de chefia. Os dois investigados viviam em imóveis de alto padrão, localizados em Boa Viagem, Recife, onde ostentavam uma vida de luxo, com o dinheiro que era arrecadado pelos outros membros do grupo criminoso em atividades ilícitas. Para despistar a atenção das autoridades na cidade pernambucana, os suspeitam faziam uso de diversos documentos e cartões com nomes falsos. Além dos imóveis caros, dois veículos recém-adquiridos eram utilizados pelos homens. Relógios de alto valor e anéis de ouro feito sob medida faziam parte da vida que os homens levavam com o dinheiro obtido de maneira ilegal.

A estrutura operacional organizada pela Polícia Civil do Ceará para capturar “Barrinha” e “Tiago Magão”, foi iniciada, na última sexta-feira (12). Os policiais realizaram as capturas dos suspeitos em Recife, no Pernambuco e diligências investigativas, em Natal, no Rio Grande do Norte.

Número 1

Em Pernambuco, o plano para capturar “Barrinha” e “Tiago Magão” foi bem-sucedido. Quando os policiais montaram o cerco para abordar “Barrinha”, ele se encontrava em um prédio, onde se preparava para se mudar para um apartamento em um residencial, em Boa Viagem, na capital pernambucana. De lá, os agentes conduziram “Barrinha” para o endereço onde ele residia, no mesmo bairro, cerca de 850 metros de distância. No apartamento, foram localizados R$ 13.803,00 em espécie, 11 relógios de luxo, dois anéis de ouro, 11 cartões bancários e documentos falsos. Dentro do VW Polo – que era guiado pelo suspeito para se locomover em Recife – os policiais encontraram uma pistola calibre 9 mm, com dois cartuchos e 33 munições no total.

Em depoimento, “Barrinha” explicou que os dois anéis apreendidos com ele fazem parte de uma coleção de anéis, batizados de “anéis templários”. Cada um dos anéis custou R$ 7 mil e seria repassado para membros do conselho da organização criminosa, em alusão à aliança de seus integrantes, de acordo com “Barrinha”.

Listado como um dos criminosos mais procurados do Estado até 2014, com envolvimento em roubos a instituições financeiras, “Barrinha” acumula 12 procedimentos na Polícia Civil cearense, incluindo passagens por sequestro, roubo e homicídio. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) o denunciou como um dos partícipes das 14 mortes ocorridas, em uma casa de shows, no bairro Cajazeiras, no dia 27 de janeiro de 2018. Foram cumpridos dois mandados de prisão que constavam em aberto contra ele. Um deles, o mandado de prisão preventiva referente às mortes na casa de show, já o outro é referente a um roubo majorado.

Segundo preso

Dando continuidade à missão em Recife, foi a vez de capturar “Tiago Magão”, no sábado (13). Este, quando foi preso, confessou que soube da prisão do comparsa e se preparava para fugir novamente da Polícia. Vizinhos de bairro de “Barrinha”, “Magão” residia num apartamento de alto padrão e andava em um veículo Fiat Toro, com placas de Pernambuco. Com ele, os policiais encontram cartões bancários e documentos com nome falso. Dois mandados de prisão preventiva em desfavor dele são atribuídos pelos crimes de roubo, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação, dano e associação criminosa. No Ceará, “Magão” possui 11 antecedentes criminais por crimes de roubo, furto, homicídio e tráfico de drogas.

A ação policial também realizou diligências em Natal, no Rio Grande do Norte, na mesma cidade onde os policiais civis da Draco já haviam capturado o comparsa da dupla: Yago Steferson Alves dos Santos (26), o “Yago Gordão”, em um apartamento de luxo, no último mês de dezembro. A Polícia Civil sabia da movimentação criminosa do trio em terras potiguares. Após a prisão de Yago, os homens fugiram para o Pernambuco.

Autuações

Os dois homens foram autuados em flagrante no artigo 2º da Lei das Organizações Criminosas, por promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa, agravado por exercerem o comando da organização. “Barrinha” também vai responder por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e receptação.

Denúncias

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Draco e do DIP, mantém as investigações sobre o envolvimento dos presos em outras ações criminosas no Estado. A Draco disponibiliza um número para denúncias para onde podem ser repassadas informações que ajudem os trabalhos investigativos. As denúncias podem ser feitas para o número (85) 98969-0182, por meio de mensagens, áudios e vídeos. As informações também podem ser repassadas para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O sigilo e a fonte são garantidos.