Região Central: A decisão que ensejou embasamento legal para a decretação da prisão preventiva de sete pessoas ligadas ao Poder Executivo e Legislativo Municipal de Quixadá, teve como fonte principal interceptações telefônicas e quebra do sigilo bancário, com autorização judicial.
A decisão que culminou com a operação “Casa de Palha”, ostentada pelo Ministério Público Estadual com apoio da Polícia Civil do Ceará revela algo um suposto esquema criminoso, o que levou o juiz Dr. Adriano Ribeiro Furtado Barbosa a deferir o pedido de prisão para os denunciados.
Conforme os autos, durante esse período aconteceram depósitos bancários de movimentação atípica em contas de políticos, agentes políticos, demonstrou índicos suficientes de crime contra a administração pública.
O Monólitos Post teve acessos aos autos, segundo o site com transcrições da decisão judicial “Nas movimentações, foram encontradas inúmeras transferências bancárias suspeitas, tais como uma, no valor de R$ 32.754,40, realizada por Silvana Mary De Souza e Silva à pessoa de Francisco Ivan Benício de Sá Filho, médico da rede pública do Município de Quixadá e filho de Francisco Ivan Benício de Sá. Silvana Mary De Souza e Silva realizou transferência bancária também em favor de Milton Xavier Dias Neto, genro do atual prefeito de Quixadá, José Ilário Gonçalves Marques, nomeado por este como diretor executivo do Consórcio Público de Saúde da Microrregião de Quixadá”.
Neto Dias teria sido flagrado pela interceptação, supostamente apagando provas, chegando a mencionar: “rasgando documentos”.
O site trouxe outro trecho nesta segunda-feira(29), que causa ainda mais perplexidade. O presidente afastado da Câmara Municipal de Quixadá, Francisco Ivan Benício de Sá – o Ivan Construção chegou a sugerir matar uma pessoa. O juiz Adriano Ribeiro classifica o vereador com grau de periculosidade: “Se não bastassem tais fatos, em uma determinada conversa telefônica interceptada, Francisco Ivan Benício de Sá demonstra seu grau de periculosidade ao sugerir um homicídio para encobrir ilícitos. Há uma evidente indicação de que Ivan está disposto a ir às últimas consequências para que seu esquema criminoso não seja revelado.” Escreveu o magistrado.
A pessoa em referencia para ser assassinada, possivelmente seria o empresário Ernane Teles de Castro Júnior, delator no caso da coleta de lixo de Quixadá.
Na operação foi preso preventivamente Francisco Ivan Benício de Sá, presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Quixadá, o qual foi igualmente afastado do cargo das funções de presidente da Câmara e do próprio cargo de vereador, pelo prazo de 180 dias Prisão Temporária: Ricardo de Sousa Araújo (sócio da Construtora Salles e Araújo LTDA-ME), Silvana Mary de Souza e Silva (sócia da Construtora Salles e Araújo LTDA-ME), Felipe Brito de Sá (sócio da FJ Engenharia Assessoria e Serviços LTDA-ME), Jonatas Ferreira de Lima (sócio da FJ Engenharia Assessoria e Serviços LTDA-ME), Milton Xavier Dias Neto, conhecido por “Neto Dias”, (advogado, genro do atual prefeito de Quixadá, Ilário Marques, e diretor executivo do Consórcio de Saúde de Quixadá), e de Paula Renata Bento Bernardo, servidora da Câmara Municipal de Vereadores de Quixadá.
O Revista Central não traz a versão dos acusados, por não saber até o momento quem são seus advogados. O espaço fica a disposição.
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