Residencial Rachel de Queiroz: Falta policiamento, estrada e iluminação pública nas áreas de lazer

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Quadras esportivas estão na total escuridão e crianças e adolescentes reclamam do descaso (foto: RC)

Região Central: Nos últimos dias, veículos de comunicação denunciaram que moradores do Residencial Rachel de Queiroz, em Quixadá, estavam vendendo residências por preços bem abaixo do mercado imobiliário. Há inúmeros motivos para esse retorno de moradores das 1.454 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).

No ato de inauguração, o governador Camilo Santana prometeu um posto avançado da Polícia Militar, mas como em Quixadá falta líderes políticos com prestigio com o governador, até o momento os residentes têm que conviver com a falta de segurança. Camilo havia dado quinze dias para o Comandante Geral da PM do Ceará instalar a unidade.

“Vivemos com medo, a viatura da Polícia Militar e os policiais do Raio passam aqui, mas minutos depois vão embora”, disse uma moradora de 57 anos, que tem medo de ser identificada.

Outra situação vexatória é chegar no residencial, cujas as duas rodovias são quase intrafegáveis. A promessa da pavimentação pela estrada com destino a Serra do Estêvão não saiu do papel. Com esse problema, os taxistas e mototaxistas, inclusive os entregadores de alimentos cobram valores acima da tabela. Muitos até se recursam com medo de assaltos.

“Eu não tenho transporte e dependo do mototaxista, mas já cheguei a vir a pé do centro de Quixadá pra cá”, diz o pedreiro Sandro Lima, 46. Ele disse que era noite e os profissionais diziam que só iriam se fosse com outro colega.

Outro fator que deixa os moradores tristes é a péssima iluminação pública nas áreas de lazer. As academias de ginástica, parques infantis e quadras esportivas estão na total escuridão.

“As crianças estão de férias, mas não podem brincar devido a escuridão”, diz a aposentada Lucia. Já a jovem Camila Andrade, 22, até tem vontade de ir à academia, mas confessa o medo. “Escuro, ninguém vai”.

A indignação da doméstica Ana Maria da Silva, 35, é o julgamento sem conhecimento, “vejo nas redes sociais, algumas pessoas nos acusando, mas eles não sabem o que estamos passando. Só pelo fato das casas serem ‘baratas’, acham que já é o bastante”.

Os moradores lamentam também que a escola que foi inaugurada não abra as portas durante as férias. Para eles, deveriam ter algumas atividades extras para como meio social de combate até os ilícitos. Projeto férias escolares era uma marca das antigas gestões petistas, mas essa atual nada tem promovido.