Dos sete presos por participação em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 23 milhões, dois exercem cargo público na Prefeitura de Pacatuba. Antônio Fábio da Silva Araújo, 41, o Bim Araújo, é secretário da Articulação Politica do Município. Ele não possuía antecedentes criminais.
Bim era o “cabeça” dos crimes e usava o próprio perfil nas redes sociais, aproveitando sua influência em Pacatuba, para alugar imóveis. A Delegacia de Repressão às ações Criminosas Organizadas (Draco) confiscou 51 imóveis – mas a Polícia acredita que o número pode chegar a mais de 80 -, avaliados em mais de R$ 2,5 milhões e 52 veículos, incluindo dois automóveis de luxo. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 19.
O outro dos presos que exercem cargos no Município trabalhava como funcionário de Bim na pasta e foi identificado como Maurílio da Silva Oliveira, 44. No esquema, o papel dele era administrar as casas, apartamentos, quitinetes, salas comerciais e até igreja evangélica. Ambos, assim como o restante dos indiciados, responderão por organização criminosa, lavagem de dinheiro, agiotagem e sonegação fiscal.
Os outros presos são Humberto Alexandre dos Santos Costa, 39, com passagem policial por desacato; Laércio Silva Cajazeira, 49, sem antecedentes; Adeildo Albuquerque Sobrinho, 35, com passagem por calúnia e ameaça, e Larissa Marinho Cajazeira, 21, com nenhum antecedente. Todas as prisões foram covertidas em liberdade condicional com monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Jacinta Braga de Souza, esposa de Bim Araújo, possui uma imobiliária em seu nome, que segundo informações divulgas pela Polícia Civil, era usada para administrar os aluguéis dos imóveis apreendidos e comprados com o dinheiro da agiotagem.
O esquema continua sob investigação e já se sabe que é de atuação interestadual. Bim já foi investigado pelos mesmos crimes no estado do Rio Grande do Norte.
Conteúdo: O Povo