Com 25 anos de prestação de serviço, Gari de Quixadá lamenta nunca ter recebido um título

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Agente de Limpeza Hemetério Galdino (foto: RC)

Os verdadeiros quixadaenses são renegados pelos legítimos representantes do povo.

Ele é anônimo e todos os dias enfrenta das 18 às 22h, os dissabores de uma jornada pesada, com um carrinho, vassoura e uma pá, o agente de limpeza Hemetério Galdino Maciel, 65 anos, dos quais 25 foram limpando as ruas da maior cidade da região Central. Ele lamenta que nunca recebeu se quer um muito obrigado partindo de um vereador.

“Eles só gostam de nossos votos, após isso passam por nós e nem fala”. Galdino Maciel, presta relevante serviço ao povo de Quixadá, nos últimos 25 anos, limpa as ruas, lixo deixado pelos moradores. O servidor público contratado recebe um salário mínimo (R$ 880,00) mensal.

Viúvo, pai de seis filhos, morador do bairro Boto, este homem poderia receber um grande título da Câmara Municipal, mas é um simples gari e morador da periferia.

Assim, como Hemetério Galdino milhares de quixadaenses não são valorizados pelos representantes da Câmara Municipal. Receber um título daquela Casa, o sujeito tem que dá retorno nas urnas ou ser muito importante, assim, o autor do projeto ganha visibilidade diante de todos, especialmente daquele grupo do beneficiado.

A próxima legislatura está chegando e o eleitor espera mais respeito, e principalmente menos apadrinhamento.

Por fim, Hemetério Galdino disse que gosta do que faz, mas queria um dia o reconhecimento não apenas para ele, mas para a sua classe. Acrescentou ainda que, no dia a dia, raramente recebe um lanche dos empresários ou do povo mesmo, as vezes um cafezinho. “Como seria bom, pelo menos as vezes a gente recebesse um presente”, finalizou desejando um feliz natal e muita paz para 2017.

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