Além de comunicador, no caso um dos donos da TV web Liberty, era pastor da igreja evangélica.
Cinco pessoas foram presas e um adolescente, apreendido, por suspeita de envolvimento na morte do pastor e radialista Henrique Júnior de Morais, 49, que foi assassinado após um culto na noite desta quarta-feira (21), em Redenção. De acordo com a polícia, o mandante do crime é o ex-genro do pastor, Francisco Adailton da Silva, de 37 anos.
Em depoimento, o homem disse ter tido desavenças com a vítima e, por isso, mandou executar o ex-sogro, segundo a polícia. Na terça-feira, eles se encontraram em um supermercado e discutiram. O suspeito contou que ainda mantinha um relacionamento escondido com a filha do pastor com quem foi casado por oito anos. O pastor seria contra essa reaproximação. A polícia disse que vai aprofundar as investigações para saber se esse foi o real motivo do crime.
As seis pessoas foram detidas nesta quinta-feira (22) em diferentes distritos da região. A polícia apreendeu ainda uma pistola – que seria a arma do crime, segundo as características das testemunhas oculares -, além de um revólver, munição, um colete balístico e uma moto.
O crime
O pastor Henrique Júnior de Morais estava pregando em um culto. “As testemunhas oculares contaram que, quando o pastor estava dizendo ‘amém’, duas pessoas entraram na casa e anunciaram assalto. Um deles já foi efetuando disparos. Quando a vítima caiu, ainda foi atingida por dois disparos”, descreveu a delegada Socorro Portela.
As pessoas que estavam no local tentaram prender os suspeitos, mas eles conseguiram fugir. Uma das motos ficou no local, e a partir daí a polícia começou as investigações.
A família do pastor relatou à polícia que o ex-genro estava rondando a casa da vítima na quarta-feira, fato que chamou a atenção dos familiares. Quando a polícia foi até a casa do suspeito, ele tentou fugir, pulando o muro das casas vizinhas, mas foi detido. O homem confessou o crime.
Entre os seis detidos, um homem é suspeito de ser intermediador, e dois homens que são suspeitos de serem os executores, sendo um dos homens fugitivo da cadeia de Pacatuba. Além disso, os outros dois teriam cedido a moto para a prática do delito. Estes disseram que sabiam que a moto seria usada para matar uma pessoa, mas negaram saber quem seria a vítima e qual a motivação.
A ex-mulher de Francisco Adailton da Silva, que estava no momento do crime e tentou socorrer o pai, foi ouvida pela polícia. “Eles tinham uma filha de 2 anos. O pastor o proibia de ver essa criança”, disse a delegada.
Conforme informações do Pelotão da Polícia Militar do município, o crime ocorreu por volta das 20h10. Ainda segundo a PM, nenhum pertence foi levado pelos suspeitos.