Coluna Amadeu Filho: Toinho Maleiro foi um dos pioneiros em serviços funerários em Quixadá

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TOINHO_MALEIRO_funeranriaPessoas que conviveram com ele, afirmam que fazia questão de prestar total solidariedade àqueles mais necessitados.

A Terra dos Monólitos dispõe nos dias atuais, de modernos serviços para a efetivação do ato fúnebre, disponibilizando serviços que apoiam e assessoram as famílias, nos momentos de sofrimento e dor, motivado pela perda de um ente querido. Planos são oferecidos, possibilitando as famílias escolher a urna funerária que atenda as suas reais necessidades. Mas, num tempo, não tão distante assim, a realidade era bastante diferente.

Há alguns anos, ainda se utilizava bastante redes, servindo de urna funerária, em especial, as famílias de menor poder aquisitivo. Coube ao senhor Antônio Ordônio de Almeida, conhecido por todos, como Toinho Maleiro, realizar e, certamente, ser um dos pioneiros na fabricação de urnas mortuárias, com certeza, modificando, por completo, o panorama com relação a serviços funerários. Toinho aprendeu o ofício com seu pai, o sempre divertido Zé Maleiro.

TOINHO_MALEIRO_funeranriaQuando a família chegou de Missão Velha, se instalou, inicialmente, na rua Tenente Cravo, aquela altura, conhecida por todos, como rua do Prado. Tempos depois, se mudaram para a rua Dr. Piquet Carneiro (atual Plácido Castelo), próxima à agência de ônibus do senhor Zezinho Canabrava, continuando a atender as famílias que necessitavam adquirir caixões, com o objetivo de sepultar seus mortos.

Por desenvolver este ofício, sendo praticamente o único na cidade, Toinho Maleiro se tornou uma figura bastante conhecida e muito estimada, pois, tratava a todos com simpatia e sempre, prestativo e atencioso. A qualquer hora do dia ou da noite, Toinho atendia os pedidos das famílias, não importando classe social. Na verdade, o que importava para ele, era dar o apoio necessário nos momentos de dor.

Sempre foi amigo de todos os colegas carpinteiros, dedicando uma atenção toda especial ao Senhor Valdir, que também se dedicava a arte de fabricar caixões. A partir do ano de 1969, Toinho Maleiro, mudou-se para a Rua Tenente Cravo, passando a atender a clientela com um atendimento bem mais profissional. A partir dali, os caixões eram adquiridos de empresas especializadas e, desta forma, os quixadaenses passaram a contar com um serviço de uma qualidade bem superior. Neste seu novo momento, Toinho Maleiro passou a contar com o apoio dos seus filhos Edilberto e Neno. O primeiro se revelou um promissor agente funerário, se destacando no atendimento personalizado e no trato com as pessoas. Mesmo com um trabalho, sempre muito intenso, Toinho Maleiro encontrava tempo para conviver com os amigos mais próximos como Aloísio Chefe, Chaguinhas, Amadeu do Velho Mercado, Zeque Roque, Zé Ferreira, Marcondes, Manoel Monte, João Pires, Sinval Carlos,Quintino, Luquinha,Lafayete, José Forte, Cristiano Góis, José da Páscoa, dentre muitos outros. Gostava de frequentar o “Cine Yara”, aos sábados, especialmente os filmes estrelados por Oscarito e Grande Otelo.

Toinho Maleiro foi casado com a senhora Joana Alves de Almeida, conhecida por D. Auri e, dessa união conjugal, nasceram os filhos Francisco das Chagas, Fátima, Francisco José(Tico), Jurandir, Neno, Bernadete, Elisabeth, Dijanete, Edilberto, Gilberto e Joana.  Sua futura esposa morava no Jatobá, mas, a distância jamais foi obstáculo para o grande amor dos jovens, que se conheceram num dia de todos os santos. Foi um amor sem limites, eterno, enquanto durou, como falou o poeta. Não há como negar, Toinho Maleiro foi um grande benfeitor da terra dos monólitos, não só no exercício de sua profissão, mas, desenvolvendo ações humanitárias.

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Segundo a filha Bernadete, seu pai jamais deixou de atender uma pessoa por motivos financeiros. Ainda segundo ela, a família é bastante grata aos médicos Mesquita e Everardo  Silveira que sempre  acompanharam Toinho, nos problemas de saúde. Pessoas que conviveram com ele, afirmam que fazia questão de prestar total solidariedade àqueles mais necessitados. Conduziu sua família com dedicação e decência, sempre mostrando o caminho da dignidade, do caráter.

Antônio Ordônio de Almeida, o nosso inesquecível Toinho Maleiro, foi chamado por Deus para outras missões, em 30/03/1997. A sua partida deixou uma grande saudade na família, clientes e amigos.

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Amadeu Filho
Colunista da RC
Radialista Profissional

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