Penso que o mundo seria mais saudável e mais feliz com mais Rubinhos e menos Sennas.
Há dias atrás o apresentador Raul Gil, da Rede Record, fez uma homenagem ao ex-piloto de fórmula 1, Rubens Barrichello. Justa homenagem, na minha opinião.
Rubinho, durante anos encarnou o sonho brasileiro de encontrar um novo piloto vencedor que substituísse o mito Airton Senna. O que vimos, entretanto, foi algo bem diferente.
Mesmo diante deste aparente fracasso, Rubinho nunca perdeu a alegria, nem deixou de se emocionar ao correr.
Rubinho, para mim, representa a figura do anti-herói. Simboliza o oposto do mito criado pelo cinema americano do grande vencedor, daquele que sempre chega em primeiro.
Daí nasce minha admiração por este personagem do esporte brasileiro, tantas vezes criticado ou alvo de piadas.
Num mundo que só valoriza os campeões, os que chegam em primeiro, os que são fortes, Rubinho contradiz tudo isso. É o cara que perde, que não foi campeão, que chora e mesmo assim se alegra e se diverte. É aquele que mesmo deixando a elite de um esporte não perde a graça. Arrisco a dizer que é feliz no que faz.
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Quanta mesquinhez nesta sociedade doente que enxerga mérito apenas em quem chega na frente. Onde ficam todos aqueles que lutam e constroem belas histórias, mesmo longe dos pódios?
Penso que o mundo seria mais saudável e mais feliz com mais Rubinhos e menos Sennas.
Cícero Bandeira L. Filho
Professor da Rede Municipal de Ensino de Quixadá
Graduado em Ciências da Natureza (UECE)
Mestre em Educação Brasileira (UFC)
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