Com ou sem “Primeiro-ministro”, administração de Quixadá continua sem rumo

compartilhar no:

joaao_hudson_prefeitoaaA imprensa, vereadores de oposição, membros da comunidade que fazem criticas são considerados inimigos da gestão ou “caçadores de bruxas”.

Na semana passada, o vereador Erani Tavares de Lima-Capitão foi à tribuna da Casa Legislativa e afirmou sem meias palavras, de que Quixadá tem um “Primeiro-ministro. Destacou ainda que o prefeito de João Hudson é comandado por um grupo que explora a administração. O vereador foi mais além, afirmou que, quem manda na prefeitura é o ex-secretário Weiber Queiroz Cavalcante, recentemente se afastou da prefeitura e foi direcionado a um cargo na Câmara Municipal.

De acordo com Capitão, Weiber Queiroz tem trânsito livre dentro da gestão, comanda as decisões e agora tem interferido diretamente nos trabalhos da Casa Legislativa, afirmou que o prefeito não tem controle sobre o que acontece em sua gestão.

Indiferente a essa situação, está chegando a dois anos e meio de uma gestão que ainda não disse a que veio, em resumo, pode-se dizer, que Quixadá encontra-se com aspectos de cidade abandonada pelo setor público, não é preciso um olhar holístico para descobrir esse quadro. A cidade não foi planejada para enfrentar problemas, que se multiplicam transformando nossa cidade em um espaço urbano completamente desorganizado, mal zelado, sujo, escuro, esburacado e sem mudanças significativas que possam nos dar outra impressão.

Mesmo com arrecadações maiores, o município não tem caixa para contrapartidas de obras, muitas delas estão paralisadas há vários meses, obras que se arrastam sem previsão de reinicio e conclusão. A folha do município está no limite, com um quadro funcional inchado, são mais de oito milhões de reais somente com pessoal, quase 4.000 pessoas compõem o quadro de servidores municipais, a metade é formada por contratações de serviços prestados, muitas delas indicações familiares e de políticos ligados a situação, inclusive há denúncias e fortes indícios de que muitos desses prestadores de serviços são orientados a ficar em casa, pois não há espaços para os mesmos nas repartições lotadas.

A imprensa, vereadores de oposição, membros da comunidade que fazem criticas são considerados inimigos da gestão ou “caçadores de bruxas”. A incapacidade de muitos gestores entenderem na crítica, como uma condição favorável para dar respostas satisfatórias à população, atesta o grau de amadorismo e de despreparo da maioria dos gestores.

{module [270]}

No quadro atual de gestores administrativos, poucos técnicos compõem o quadro de confiança de comando, há pessoas qualificadas na gestão, mas não são aproveitadas como deveriam, muitos estão por indicação de vereadores e admitem publicamente que não tem conhecimento completo na área que atua.

Outros problemas cercam como “fantasmas” dessa desastrosa gestão, atrasos salariais, instabilidade de gerentes (mais de 100 mudanças em secretarias), desvios de finalidade, atrasos de informações, desgastes, insegurança de investimentos públicos, licitações sob suspeitas, inchaço dos gastos públicos, instabilidade na base da Câmara e interferências externas expõem a grave situação vivida pela população quixadaense, há um surrealismo por parte do prefeito que em suas entrevistas e discursos repetitivos tentando demonstrar que Quixadá vai indo muito bem, mas a realidade no dia a dia é de sofrimento.

Por Fábio Oliveira

 

Escreva algo