Escândalos dos remédios vencidos: Presença de Promotores na prefeitura de Quixadá causa ‘pânico’

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operacao_diagnosticoHouve correria e pânico, muitos dos assessores pensavam que era mais uma operação com mandados de prisão.

O Ministério Público Estadual-MPCE, começou a agir como esperava a população de Quixadá, no Sertão Central cearense, sobre os escândalos dos remédios vencidos, encontrados pelos vereadores Higo Carlos, Kleber Júnior, Ereni Tavares-Capitão, Kelton Dantas e Audênio Moraes.

Aproximadamente três mil caixas de dipirona sódica estavam ‘jogadas’, em posto de saúde do bairro Carrascal, porém, a unidade está desativa e totalmente aberta. Populares faziam o uso do medicamento sem prescrição médica. 

Um ‘cemitério’ foi encontrado na fazenda de propriedade da família do atual presidente da Câmara Municipal, vereador Augusto César-Duda. Lá, foi possível constatar que os medicamentos estavam sendo incinerados de forma irregular e sem qualquer autorização da vigilância sanitária e dos órgãos ambientais.

Os escândalos se prolongaram e mais de 20 (vinte) itens de medicamentos vencidos foram encontrados na residência, onde funcionava a antiga sede da Central de Marcação de Consultas, da Secretaria de Saúde de Quixadá, que fica ao lado do Museu. Amoxilina, cinetol, levnorgestrel, xaropes e até medicamentos de uso continuou foram encontrados, todos vencidos.

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Nesta terça-feira, 31, o promotor de justiça, Francisco Elnatan Carlos de Oliveira, fez uma fiscalização no Centro Administrativo da Prefeitura Municipal de Quixadá para recolher documentos. O promotor deverá intimar a Secretaria de Saúde, Selene Bandeira, a chefe da Central de Medicamentos e o prefeito para prestarem esclarecimentos.

Agora, essas autoridades não terão mais oportunidade de apresentar qualquer justificativa para o Ministério Público, mas documentos que provem a versão da administração. Uma delas será a incineração irregular dos medicamentos, justificativa do armazenamento irregular e porque deixou se vencer, pois configura crime de improbidade. A Secretária disse que esse medicamento foi de doação, agora, terá que apresentar termo de recebimento, entre tantos documentos.

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A situação complicou para os gestores que estão “brincando” de fazer saúde, enquanto isso, os ouvintes das emissoras de rádios denunciam verdadeiros absurdos e faltam de medicamentos. Nas redes sociais são visíveis as publicações.

De forma estranha, a secretária de saúde disse que não tem conhecimento de falta de medicamento nas unidades de saúde. De forma irregular, usaram uma ambulância para fazer o transporte do material, configurando claramente, como desvio de finalidade, deixando de atender os pacientes.

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