O dinheiro público no município de Quixadá não é fiscalizado e tampouco usado com a finalidade projetada.
R$ 3.538.281,97 (três milhões, quinhentos e trinta e oito mil, duzentos e oitenta e um reais e noventa e sete reais), três prefeitos e até agora os Ministério Público Estadual e Federal não fiscalizaram um dos maiores rombos nos cofres públicos, a construção do Polo de lazer do Eurípedes Pinheiro, localizado no bairro mais pobre da cidade de Quixadá, o Campo Velho.
Se a finalidade da obra não foi executada, drogados utilizam e depredam um piscinão e os vestuários. Quem mora no local, reclama e diz que não acredita na conclusão da obra. Até o momento não há nenhum procedimento administrativo ou judicial para apurar possíveis desvios de dinheiro público.
O Complexo Esportivo e de Lazer, do futuro Pólo que ficaria as margens do açude poluído Eurípides Pinheiro, mas nenhum dos últimos três prefeitos conseguiram executar a obra. Curiosamente, ninguém fez nenhuma ação para rever os milhões que foram destinados para esta importante obra no bairro com maior índice de drogadição.
O dinheiro público no município de Quixadá não é fiscalizado e tampouco usado com a finalidade projetada. Onde deveria ser um local de lazer com piscina, quadra esportiva, dentre outros espaços, tornou-se uma local com um avantajado buraco que deveria servir como piscina. Em Quixadá, verba pública parece dinheiro particular, onde se gasta sem prestar constas ao povo. Prestar constas, aliás, não é fornecer aos órgãos documentos e na prática a obra não ser realizada.
Enquanto crianças do bairro Campo Velho e Mutirão se afundam nas drogas, a piscina que deveria servir como local de entretenimento está vazia, vazia não por falta de dinheiro público, mas pela falta de cuidado com o futuro da cidade.
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Mutirão é considerado a cracolândia do Sertão Central
A quadra de Esportes foi construída pela metade, mesmo assim, virou atração de crianças e adolescentes que buscaram o espaço para fugir da ociosidade, porém, passados tantos anos, o espaço encontra-se deteriorado. Mesmo sem as traves para a prática do futsal ou a cesta para o basquete, crianças ainda se arriscam jogam com traves improvisadas.
O ferrugem na área dos alambrados tem destruído a área de proteção da bola, além desse problema não há iluminação e os fios estão expostos. O abandono é tão gritante que o mato também é visível.
Mesmo aos olhos das autoridades que se dizem protetoras das crianças e dos adolescentes, parece que estão fechando os olhos quando o assunto é fiscalizar as obras públicas de Quixadá.