Única ambulância de Ibicuitinga tem mais de 12 anos, pega no empurrão e cheia de ferrugem

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Secretário de saúde se recusou a falar sobre o assunto e apenas disse: “só vou me pronunciar oficialmente”.

 

 

A realidade da saúde pública do município de Ibicuitinga, no Sertão Central cearense, é vergonhosa a começar pela única ambulância adquirida há 12 anos. Novo, apenas os pneus, o resto é ferrugem. O secretário preferiu não comentar a caótica realidade, como se o silêncio fosse a única resposta para a população.

Quem precisar ser socorrido pela única ambulância tem que ter sorte para não pegar uma infecção. A maca sem qualquer conforto para o paciente está quase consumida pela ferrugem, vários buracos já foram abertos no aparelho. Não existe ar-condicionado, “só tem uma janela de ventilação”, reclama uma enfermeira que estava ‘molhada’ de suor e acrescenta: “veja esse acento, veja as condições, nem animal era pra ser transportado nessa sucata”.

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De fato, parece mesmo uma sucata, para funcionar às vezes tem que ser no empurrão ou estacionar em uma descida para “pegar na banguela”. Para abrir as portas traseiras onde fica o paciente o motorista tem um ‘truque’ especial e para fechar somente com uma forte pancada. O condutor ainda tentou impedir que fotos fossem registradas pelo portal Revista Central, mas quando foi ligar o veículo passou vexame, não funcionou e desceu a ladeira do Hospital Eudásio Barroso, em Quixadá e disse: “eu estou cansado de tudo isso, todo dia é assim”. A sirene não funciona. Os letreiros da ambulância estão todos apagados, inclusive o nome da cidade na placa frontal.

Mesmo sem qualquer condição de circular, principalmente com pessoas doentes, quase todos os dias, essa ambulância roda aproximadamente 300km. “Já fui deixar paciente no IJF, quando estava voltando quebrou”.

O portal Revista Central após uma peregrinação atrás do Secretário de Saúde de Ibicuitinga, Lielton Maia, conseguiu  durante a tarde desta segunda-feira, 29, porém, ao atender o celular se recusou a falar sobre o assunto. Ao ser questionado se a gestão teria algum projeto para adquirir uma nova ambulância, apenas disse: “só vou me pronunciar oficialmente”. Enquanto o secretário vive de protocolo, a população vive a espera de ações concretas.

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