“Engano do profissional”: Prefeitura Quixadá reconhece erro do médico que atestou COVID-19 para paciente morta sem sintomas

compartilhar no:
Na Declaração de óbito, médico atestou na declaração de óbito choque distributivo com consequência de COVID-19 (foto: enviada pela família e autorizada)

Quixadá: Neste domingo(17), a população ficou sabendo que a idosa Maria das Graças Silveira, 79 anos, que morava no bairro Carrascal, teve a sua declaração de óbito errada na Unidade de Pronto Atendimento-UPA de Quixadá. A paciente foi internada na noite de sexta-feira(15), com infecção alimentar e não apresentava sintomas da COVID-19.

A situação se agravou e no sábado(16), a paciente veio a óbito, apesar de não ter sintomas, o médico Marcelo Nunes de Abreu Moraes –CRM 19364 – CE, atestou na declaração de óbito choque distributivo com consequência de COVID-19, retirando o direito da família fazer o velório de pelo menos uma hora.

Após a família reclamar, o médico voltou atrás, reconheceu erro e mudou a declaração de óbito, retirando COVID-19.

O caso foi o assunto principal na cidade: Denúncia: Médico da UPA de Quixadá atesta COVID-19 para morte de idosa, depois do sepultamento muda a causa.

Nova Declaração de óbito foi retirado a causa como COVID-19, pelo mesmo médico (foto: enviado e autorizado pela família)

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde reconheceu o erro: “Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ocorreu as situações de mais emergência, inclusive com pacientes necessitando de intubação, um dos nossos médicos se deparou com dois casos, um deles suspeito e outro confirmado, envolvendo vítimas com nome muito parecidos. Erroneamente, entre uma situação de emergência e outra, ele assinou o caso suspeito como caso confirmado.”

Segundo ainda a nota, “tão logo o erro foi percebido, a correção foi feita, a família informada e o documento de óbito refeito. Tudo isso antes do enterro.”

Apesar de reconhecer o erro, a Secretaria trata o caso como suspeito, no entanto, a família disse que a paciente não tinha nenhum sintoma da COVID-19. O órgão de Saúde lamentou a situação e classifica como “engano do profissional”.

Confira a nota da Secretaria na íntegra: