Companheiro confessa ter matado modelo enforcada com cinto de segurança do carro no Ceará

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Hélio Batista está preso junto com um amigo suspeito de matar a mulher — Foto: Divulgação

O companheiro da modelo Lucilene da Silva Monteiro, 38 anos, Francisco Hélio Batista, confessou em depoimento à Polícia Civil que matou a companheira enforcada usando o cinto de segurança do veículo. A modelo foi encontrada morta no sábado (19), com sinais de espancamento e estrangulamento, no loteamento Aquiraz, na Grande Fortaleza.

Segundo a polícia, Batista, além de confessar o crime, contou detalhes de como matou a modelo. Ainda de acordo com a polícia, ele tinha ciúmes da vítima e era muito possessivo. A polícia também descobriu, por meio de depoimentos de amigos e familiares, que o companheiro praticou violência doméstica contra Lucilene há alguns anos.

“Ele confessa o crime. Ele narrou os detalhes que ela morreu estrangulada, que ele a estrangulou com cinto de segurança. Ele puxa o cinto de segurança e a estrangula. Ele matou a esposa dentro do carro perto do Sesc da Iparana”, afirmou a delegada Arlete Silveira Gonçalves do 12º Distrito Policial, especializada em desaparecimento de pessoas.

Ainda segundo o suspeito, os dois seguiam para um bar, porém, a delegada entende que essa versão não coincide com parte dos resultados da investigação. Ele também disse que teve um acesso de raiva antes de matar Lucilene.

O G1 teve acesso ao vídeo de câmera de segurança que mostra que Hélio saiu com a modelo na madrugada em que ocorreu o crime e voltou para casa, pela manhã, sozinho. O G1 obteve acesso também ao áudio que Lucilene enviou ao marido pelo WhatsApp, dias antes de ser assassinada.

“Eu não estou feliz e nem você está feliz. Pelo amor de Deus, Hélio, vamos ser amigos, numa boa. Ontem eu peguei você chorando, não compensa né, Hélio, você estar comigo sem eu querer, sem eu estar com vontade. Vamos decidir nossa vida, vamos, numa boa, pra gente ser amigo, porque não dá mais Hélio. Por favor, me entende”, diz Lucilene.

A delegada Arlete Silveira afirmou que Batista já possui antecedentes criminais por violência doméstica familiar. “Ele já tem um histórico de crime de violência doméstica familiar contra a mulher no estado do Rio Grande do Norte. Uma outra companheira. Um relacionamento anterior à Maria Lucilene”.

A delegada também contou como ele escondeu o corpo. O suspeito pediu a ajuda de um amigo identificado como Antônio Vanderlei Ferreira de Lima, 46 anos.

“Aí ele tem o conhecimento que a mulher está morta e vai procurar o amigo dele para ocultar o corpo. Ele [amigo] foi encontrado em Maracanaú. Ele pergunta para o amigo qual era um local bom para depositar o corpo. Aí, os dois se dirigiram para Aquiraz”.

De acordo com a Polícia Militar, os dois vão responder por feminicídio e ocultação de cadáver.

Conteúdo: G1