HRSC transforma mais de uma tonelada de resíduo orgânico em matéria-prima sustentável

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Foto: Hospital Regional do Sertão Central (HRSC)

Preservar o meio ambiente também é cuidar da saúde. Nesta quarta-feira, 5, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), administrado pelo ISGH, compartilha com a população um projeto de referência na região que realiza ações de redução da geração e destinação final dos resíduos em serviços de saúde.

Projeto sustentável
A compostagem orgânica no HRSC é um projeto institucional, conduzido pela gerência administrativa e pela gerência de nutrição do hospital e operacionalizado pelo serviço de hotelaria. “Faz parte do agir institucional da unidade, além da assistência à saúde com qualidade, a nossa preocupação em contribuir com a sustentabilidade do planeta. Esse é um projeto pioneiro e inovador na região e nós esperamos que possa servir de exemplo para o surgimento de outras iniciativas semelhantes”, destaca o gerente administrativo do HRSC, Elisfabio Duarte.

Objetivo geral: Promover a preservação do meio ambiente através da redução da produção de resíduos orgânicos da unidade que corresponde a cerca de 50% do total de resíduos em serviços de saúde (RSS).

Objetivos específicos:

Reduzir a geração e destinação de resíduos para ocupação de aterro sanitário;

Minimizar custos operacionais (coleta e transporte de resíduos para destinação final);

Produzir composto orgânico para nutrição de áreas cultivadas;

Promover a cooperação interinstitucional;

Promover a integração unidade-comunidade mediante cooperação de cessão de material produzido.

A compostagem é um processo biológico, aeróbico e controlado de tratamento, higienização e estabilização de resíduos orgânicos, que gera um produto útil para nutrir os solos e evita a poluição ambiental. “Esse cuidado com a sustentabilidade é algo presente no nosso dia a dia de trabalho no HRSC. É um dos nossos valores que queremos compartilhar com a sociedade para que mais pessoas possam adotar práticas sustentáveis”, reforça a diretora de gestão e atendimento do hospital, Alayanne Menezes.

A gestão dos resíduos sólidos é um dos mais graves problemas sociais e ambientais do Brasil. A massiva utilização de lixões se constitui numa forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde humana.

Justificativa

A utilização de aterros sanitários apresenta-se como técnica de disposição de resíduos sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde humana e a sua segurança, minimizando os impactos ambientais do lixão. Porém, trata-se de situação ainda rara no país. Ainda assim, em muitos casos são utilizados sem processo prévio de tratamento, sendo sua viabilidade econômica questionada, em termos de custos ambientais e financeiros. Além disso, como o processo de decomposição ocorre em ambiente anaeróbico, ocorre a formação do danoso gás metano.

Tecnologia

Os resíduos são segregados por tipo desde a origem no setor de Nutrição da unidade e destinados a tanques de manejo onde são distribuídos em camadas sobrepostas com a utilização de restos vegetais como fonte de nitrogênio e raspa de madeira como fonte de carbono. O material recebe aspersão de água, sendo revolvido regularmente para garantir a aeração e a necessária troca gasosa.

No processo de decomposição em compostagem ocorre somente a formação de CO2, H2O e biomassa (húmus). Por ser um processo de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico), permite que não ocorra a formação de CH4 (gás metano) que é altamente nocivo ao meio ambiente, muito mais agressivo (23x) que o gás carbônico em termos de aquecimento global.

Resultados

Estão sendo beneficiados os seguintes tipos de resíduos: cascas de frutas, verduras e legumes, cascas de ovos, ossos e borra de café. Atualmente, a unidade produz cerca de 1.500 kg de material compostado por mês, o qual está sendo utilizado para adubação de áreas gramadas e plantas.

Está em curso projeto de expansão mediante construção de composteira de superfície para fins de utilização das sobras alimentares produzidas no refeitório do serviço de Nutrição, o que poderá triplicar o montante compostado atual, cujo excedente poderá ser destinado a entidades de produtores rurais da região.