Região Central: A situação da saúde pública no município de Choró chegou a um ponto crítico. Após fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC), o Ministério Público Estadual (MPCE) identificou uma série de falhas estruturais, administrativas e operacionais em unidades básicas de saúde e no Hospital Municipal José Bezerra. Diante das evidências, a Prefeitura foi obrigada a assinar um Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a corrigir os problemas.
O cenário encontrado nas unidades é alarmante: seis postos de saúde estavam completamente fechados, sem atendimento à população. Um verdadeiro desperdício de dinheiro público e um descaso com quem mais precisa. A falta de medicamentos, de equipamentos básicos e até mesmo de energia elétrica adequada expôs a fragilidade da gestão municipal, que permitiu que os serviços de saúde entrassem em colapso.
Além disso, o município sequer garantiu o básico: a presença de diretores técnicos nas unidades, a correta separação de materiais esterilizados e o cumprimento das normas exigidas por órgãos reguladores como a Vigilância Sanitária e o Corpo de Bombeiros.
Agora, sob pressão do MPCE, a Prefeitura terá que correr contra o tempo para corrigir uma negligência que não começou ontem. O TAC prevê a regularização da climatização das farmácias, a identificação das unidades de saúde com placas ou pintura adequada, e a reativação dos postos abandonados.
A população, que há tempos denuncia a precariedade no atendimento, cobra não só reformas emergenciais, mas mudanças profundas na forma como o setor é gerido. Resta saber se, desta vez, o compromisso assumido sairá do papel — ou se será mais uma promessa arquivada em meio ao caos da saúde municipal.
LEIA TAMBÉM: Prefeitura de Choró firma acordo com Ministério Público para melhorar frota do transporte escolar