Região Central: no dia 16 de fevereiro de 2018, a população de Quixadá e outros municípios chorou a morte do Monsenhor Luis Orlando de Lima (56 anos), logo, boatos de todas as formas sugiram, enquanto isso, a Polícia Civil de Quixadá começou a investigar o caso. Não há dúvida do suicídio, todavia, as razões para tal ato foram minuciosamente trabalhadas pelo Delegado Regional Dr. Marcus Vinicius e sua equipe.
Em entrevista ao portal Revista Central, o delegado explicou que religioso deixou uma carta com 18 páginas, explicando a sua situação e os motivos. Nela acusava um jovem de lhe aplicar golpes. Ele ludibriava o Monsenhor Orlando como se fosse assessor do deputado Raimundo Gomes de Matos(PSDB), e dizia que conseguiram projetos junto a Câmara Federal e demais órgãos dos governos.
Acreditando, Monsenhor Orlando começou a contrair dívidas com empresários e agiotas, pois o estelionatário pedia apenas contrapartida para esses projetos. O delegado não explicou quais projetos seriam, mas supostamente para beneficiar as obras do religioso.
O golpista sabendo que o religioso já teria caído em suas artimanhas, fez com que o padre pegasse até R$ 80 mil emprestados com um agiota de Quixeramobim.
Conforme o delegado, Leanderson Pereira Araújo teria conseguido com seus golpes, entre oitocentos a um milhão de reais do Monsenhor Orlando, principalmente fazendo com que ele contraísse dívida com agiotas. Para se ter ideia, a família do padre chegou a pagar quase meio milhão, antes de seu falecimento.
Leanderson Pereira teria surrupiado dois veículos pertencentes ao Monsenhor Orlando, um desses casos, tem até um Inquérito Policial naquela Delegacia de Polícia, referente ao ano de 2017.
Disse o delegado Dr. Marcus Vinicius que a carta deixada pelo religioso foi fundamental para capturar Leanderson Pereira Araújo. O delegado acrescenta que jamais o golpista foi assessor de deputado, “supostamente ele pegava o dinheiro e ia à Brasília, para que pensasse que ele era funcionário da Câmara Federal”.
Diante da grave situação, o delegado pediu à Justiça da Comarca de Quixadá decretou a prisão preventiva do acusado.
Conforme as informações, o acusado chegou a procurar o bispo Dom Ângelo para fazer ameaças, exigindo-o que abafasse o caso.
O que chamou a atenção do delegado foi a forma de como Leanderson Pereira Araújo age: “ele acha que é assessor do deputado e diz que não está preso”.