O futebol brasileiro perdeu uma de suas lendas nesta terça-feira (8), com a morte do ex-goleiro Manga, aos 88 anos. Ídolo do Botafogo e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, ele enfrentava um câncer de próstata e estava internado no Hospital Rio Barra. A notícia foi divulgada pelo próprio clube carioca, que expressou seu pesar pela perda de Haílton Corrêa de Arruda, conhecido carinhosamente como Manga.
João Paulo de Magalhães Lins, presidente do Botafogo associativo, anunciou que o clube prestará homenagens ao ex-atleta, oferecendo o salão nobre de General Severino para o velório. “Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”, declarou o dirigente, ressaltando a importância de Manga para a trajetória do clube.
Nascido no Recife, Manga começou sua carreira no Sport, onde conquistou três campeonatos pernambucanos. No entanto, foi no Botafogo, entre 1959 e 1968, que ele realmente se destacou. Durante sua passagem pelo alvinegro carioca, ele ajudou a equipe a conquistar quatro títulos do Campeonato Carioca e se tornou uma referência em um dos melhores times do Brasil nas décadas de 1960. Sua habilidade o levou à seleção brasileira, onde se destacou ao lado de grandes nomes do futebol.
Após deixar o Botafogo, Manga continuou sua trajetória vitoriosa no Nacional do Uruguai, onde conquistou a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes em 1971. Ele também teve passagens marcantes por clubes como Internacional e Coritiba antes de encerrar sua carreira no Barcelona de Guayaquil em 1982. Conhecido por não usar luvas durante os jogos, ele se tornou uma figura icônica e até teve seu aniversário oficializado como “Dia do Goleiro” em reconhecimento à sua contribuição ao esporte.