Já está em cárcere o homem apontado pela Polícia Civil como o chefe da quadrilha criminosa que aplicava golpes a clientes e a instituições financeiras na cidade de Quixadá, na região Central do Ceará. Rafael Vieira de Sousa – o “Rafael Galinha” foi delatado pelos comparsas na tarde desta terça-feira, 16.
Mediante o trabalho de investigação gerenciado pelo Delegado Marcus Vinicius, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Quixadá, foram presos Marcos Antonio da Silva Júnior – o “Marcos Jr.”, 24 anos, e seu comparsa Rafael Rodrigues Pereira, 23, o “Rafael Fuinga”.
Conforme a Polícia Civil, Galinha, Fuinga, Júnior e outros compõem uma sofisticada organização criminosa que aplicavam golpes. Para efetuar o saque, a quadrilha usava “laranjas”. O crime se dava quando as vítimas recebiam ligações dizendo que estas teriam um dinheiro a receber, mas para receber era necessário o depósito das custas processuais e honorários advocatícios. “A vítima na boa fé deposita um valor na conta de um laranja, este laranja ia ao banco e sacar o dinheiro e depois repassava para o chefe da quadrilha”. Afirma a PC, que somente na semana passada, eles teriam conseguido faturar mais de R$ 100 mil reais.
Detalhes desse caso
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Durante depoimento à Polícia Civil, “Marcos Jr.” Citou que tinha conhecimento por ouvir dizer que “Rafael Fuinga” e “Rafael Galinha”, este último se passava por advogado e era conhecido como Doutor, aplicavam golpes.
Enquanto “Rafael Fuinga” revelou que teria recebido uma ligação de “Rafael Galinha”, lhe informando que quase R$ 50 mil reais já estavam em sua conta, desse valor 20% seria seu, o restante era para ser transferido para outra conta de uma mulher, a diferença deveria ser sacada e depositada na conta de “Rafael Galinha”, aqui apontado pela polícia como o ‘cabeça’ da organização.
Rafael Vieira de Sousa – o “Rafael Galinha” é conhecido no meio social como advogado e muitos de seus amigos o chamam de doutor, porém, segundo o delegado este não é advogado. Seu nome também não consta no rol da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB.
“Rafael Galinha” indiciado por crime de estelionato e associação criminosa preferiu ficar em silêncio em seu interrogatório policial, afirmando que só fala na Justiça. O apelido é referência a seus pais que são empresários do ramo de granjas na cidade de Maracanaú.
Todos serão levados a Cadeia Pública de Quixadá e ficarão a disposição da Justiça.
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