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Falta de professores na Uece desfalca Feclesc em Quixadá, com quase 40 vagas em aberto

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Feclesc, braço da Uece em Quixadá (Foto: Google Maps)

Quixadá: O déficit de professores na Universidade Estadual do Ceará (Uece) tem respingado também em unidades do interior do estado. No campus da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc), 37 vagas não estão preenchidas de forma fixa. A maior carência está no curso de História, com 10 vagas abertas, seguido de Pedagogia (8), Letras (6), Matemática (6), Física (4), Química (2) e Biologia (1).

Os números são de um levantamento do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece), e revelados em reportagem nesta quarta-feira (28) pelo jornal Diário do Nordeste. O problema se repete em todo o estado. Segundo dados da própria Uece, a instituição ainda precisa incorporar 138 docentes ao quadro efetivo em 2025.

O déficit de docentes vem se arrastando há anos e tem afetado diretamente o funcionamento dos cursos. Em Quixadá, há disciplinas sem oferta, sobrecarga de trabalho para os professores ativos e uso constante de professores temporários.

Para amenizar o quadro, segundo a reportagem, a Uece afirma que está finalizando a convocação de aprovados no concurso de 2022, além de realizar um novo certame com 53 vagas e planejar novos editais para contratação de professores temporários e substitutos. O Ministério Público do Ceará (MPCE) acompanha o caso por meio de um inquérito civil que investiga se a quantidade de professores contratados é suficiente para atender a demanda da universidade.

A gestão da Uece argumentou ao Diário do Nordeste que, desde o concurso de 2022, foram incorporados mais de 290 professores efetivos, mas reconhece que as aposentadorias frequentes e a falta de candidatos aprovados em algumas áreas dificultam a recomposição total do quadro docente. A instituição informou ainda que 10 docentes devem se aposentar até o fim deste ano, o que pode aumentar a defasagem.

Enquanto isso, o Sinduece reforça que a situação tem causado insegurança institucional. A entidade diz que protocolou um pedido no Ministério Público para a realização de uma audiência pública, visando discutir alternativas, como a convocação dos aprovados no cadastro de reserva e a realização de um novo concurso.