O aumento dos golpes virtuais com CPF: conheça os sinais de alerta

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Cresce o número de golpes envolvendo o nome da Receita Federal em e-mails fraudulentos com o objetivo de roubar dados e dinheiro dos internautas brasileiros.

Nas mensagens, os criminosos alegam que o CPF das vítimas apresenta irregularidades graves que exigem medidas imediatas. Tomados pela urgência do e-mail, muitos acabam contaminando seus dispositivos ou sofrendo perdas financeiras.

Como o golpe funciona

Imitando as comunicações oficiais da Receita Federal com elementos visuais como logotipos e formatação tradicional, os criminosos têm criado mensagens de phishing para enganar as pessoas. No corpo dos e-mails, eles alegam haver problemas com o CPF da vítima, comumente usando termos-chave como “irregular” e “suspenso” em destaque para amplificar a urgência e manipulá-las a agir sem verificar as informações.

Na maioria dos casos, o e-mail apresenta como solução para a “irregularidade” do documento o pagamento de uma multa de R$ 124,60 em 48 horas. Além disso, a mensagem também costuma incluir um link ou anexo que direciona a vítima para um site fraudulento ou instala software malicioso em seu dispositivo.

Em resposta à alta incidência desse golpe, a Receita Federal soltou um alerta em sua página oficial, enfatizando que não solicita informações pessoais ou pagamentos por e-mail ou mensagens de texto.

Reconhecendo e-mails fraudulentos

O primeiro passo para se proteger contra golpes do tipo é saber reconhecer essas comunicações fraudulentas. Entre os principais sinais de alerta, especialistas apontam:

  • URLs suspeitas: O site oficial da Receita Federal contém “gov.br” em seu endereço. E-mails fraudulentos costumam trazer domínios diferentes e estranhos.
  • Táticas de urgência e medo: Um dos sinais clássicos de e-mails de phishing é o teor de urgência e a exigência de ações imediatas ou pagamentos sob a ameaça de consequências legais.
  • Links e anexos desconhecidos: E-mails fraudulentos também costumam apresentar links maliciosos que podem levar a sites de phishing ou anexos contendo malware.
  • Solicitações de informações pessoais: A Receita Federal nunca solicita dados pessoais, informações bancárias ou senhas por e-mail ou mensagem de texto.
  • Saudações genéricas e gramática ruim: Como os e-mails são escritos para várias vítimas de uma só vez, eles usam saudações vagas como “Caro usuário”, além de apresentarem erros gramaticais e de digitação.

Como se proteger

Para se proteger contra esses golpes virtuais, os usuários devem seguir algumas medidas protetivas básicas, como:

  • Não baixar anexos. É fundamental que os usuários evitem abrir arquivos de e-mails desconhecidos. E caso baixem um anexo suspeito, devem buscar meios sobre como saber se o celular foi hackeado ou se o dispositivo está infectado, e usar programas antimalware para lidar com essas ameaças o quanto antes.
  • Evitar clicar em links: Em vez de clicar em qualquer link em um e-mail, é preferível digitar manualmente o endereço do site do governo no seu navegador para checar as informações.
  • Verificar o remetente: Ao receber um e-mail sobre problemas com seu CPF, o usuário deve conferir as informações no site oficial da Receita Federal ou por meio do Portal e-CAC.
  • Denunciar e-mails suspeitos. Ao se deparar com um e-mail fraudulento, é importante que o usuário denuncie à Receita Federal para ajudar a evitar que outras pessoas sejam vítimas.

Em qualquer caso, a melhor solução é permanecer vigilante e informado. Apenas com cautela e ceticismo é que os usuários poderão proteger seus dados e segurança financeira dos golpistas digitais.