Merenda escolar é excluída como causa de surto de diarreia entre alunos em Canindé

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Crianças foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Canindé. Foto: Reprodução/ Google Street View

A Prefeitura de Canindé, divulgou nesta terça-feira (11) que as amostras fecais coletadas de dezenas de crianças que apresentaram um surto de diarreia não indicam que a merenda escolar seja a responsável pelo problema. O episódio ocorreu no dia 17 de fevereiro e os alunos afetados foram prontamente atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região.

As amostras foram enviadas ao Laboratório Central de Saúde do Governo do Estado (Lacen) para análise. Segundo o secretário municipal de Saúde, Arthur Paiva, as investigações revelaram que a bactéria Escherichia coli (E. coli) e o protozoário giárdia, associados à síndrome de disenteria, não foram detectados nos alimentos servidos na escola, incluindo leite, achocolatado, biscoitos e água.

Paiva esclareceu que a E. coli é frequentemente encontrada em alimentos crus ou mal cozidos, bem como em água contaminada e mãos não higienizadas. “Os alimentos não apresentaram nenhum micro-organismo que tornasse impróprio para consumo”, afirmou.

A Secretaria de Educação acionou imediatamente a Secretaria de Saúde e a Vigilância Sanitária para iniciar uma sindicância sobre os alimentos fornecidos. O resultado final confirmou que os patógenos encontrados nas fezes das crianças não estavam presentes na merenda ou na água.

O prefeito Jardel Souza (PSB) destacou que os resultados das análises são baseados em evidências concretas: “Estamos fundamentados em documentos e diagnósticos elaborados pelo Lacen. O laudo comprova que o surto de diarreia não tem relação com os alimentos ingeridos pelos alunos nas escolas do município”, disse ele.

Desde o caso, o consumo de água e lanche fornecidos pela unidade escolar foi suspenso para diagnosticar corretamente a situação e evitar novos casos. “Aqueles que esperavam ver um colapso na educação se decepcionaram, pois trabalhamos com responsabilidade e com dados concretos”, publicou o prefeito em suas redes sociais.

Apesar da negativa quanto à merenda escolar, as investigações continuam em uma segunda fase. Essa nova etapa avaliará o ambiente onde residem as vítimas em busca de novas pistas sobre a origem do surto. A Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) e a Secretaria Municipal de Saúde estão conduzindo essa investigação, que inclui um contato mais próximo com as famílias afetadas para realizar uma observação epidemiológica abrangente.