
O cearense olha pro céu, vê o tempo bonito, mas na maioria das vezes, fica só nisso. Quando a água cai, quase sempre é apenas uma neblina ou uma nuvem passageira. Esse cenário tem se repetido sobretudo em municípios do Sertão Central cearense, e provocado o questionamento: cadê a chuva?
A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) é quem detém a autoridade quando o assunto é chuva. Os números com o balanço do tanto que choveu (e o que deixou de chover), só são divulgados no final da quadra chuvosa, mas com base na observação popular, a chuva está em quantidade menor do que o esperado.
Em Quixadá, para citar somente um exemplo, a maior chuva dessa semana, foi de 13 mm, e observada na zona rural, no distrito de Tapuiará. Dos 14 dias de março, em seis não chovera, já em outros seis, choveu, mas foram pluviometrias que não passaram dos 10 mm, segundo a Funceme.
Entre às sete da manhã desta quinta-feira (13), até às sete da manhã desta sexta (14), a Funceme registrou chuva em apenas 70 municípios do Ceará. A maior foi em Tamboril, com 71 mm. No Sertão Central, o maior registro foi em Canindé, com 31 mm.
Os fatores responsáveis pelo cenário meteorológico incluem a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que está localizada em torno de 2°S e deve intensificar sua influência sobre o centro-norte do Ceará, além de um cavado em médios e baixos níveis da troposfera, que se desenvolverá na costa leste do Nordeste entre quinta e sexta-feira. Também contribuem para as precipitações os sistemas locais, como as brisas terrestre e marítima.