Frieza e brutalidade: criminosos entram em contradição ao detalharem como mataram Natany Alves

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Francisco Teodosio Ramos Neto, 43, Francisco Márcio Freire, 43 anos, e Jardson do Nascimento Silva, 23, anos (foto: divulgação)

Região Central: Os depoimentos dos três acusados pelo sequestro e morte de Natany Alves Sales, de 20 anos, revelam detalhes do crime que chocou o Sertão Central. Francisco Márcio Freire, Francisco Teodósio Ramos Neto e Jardson do Nascimento Silva confessaram participação no crime, mas apresentaram versões diferentes.​

De acordo com o inquérito policial ao qual o Revista Central teve acesso, com exclusividade, após sequestrarem Natany Alves em Quixeramobim, os acusados a conduziram até a localidade de Laranjeiras, em Banabuiú. No local, Natany foi retirada do veículo e levada para uma região de mata, após uma cerca.

O momento do crime

Segundo Márcio Freire, a intenção inicial era apenas imobilizar a vítima e deixá-la ali para fugirem com o carro, mas ela teria reagido, jogando uma pedra contra ele. Em resposta, Márcio empurrou Natany e a jovem caiu ao solo.

Francisco Teodósio relatou que ficou no carro enquanto os outros dois levavam a vítima para a mata, mas admitiu ter escutado os gritos de Natany antes de seu silêncio definitivo, e disse que foi Márcio quem iniciou as agressões e que ele apenas deu “os últimos golpes”​.

Jardson do Nascimento Silva, por sua vez, declarou que a intenção inicial não era matar Natany, e que foi Francisco Teodósio quem “finalizou” a vítima​.

Natany foi encontrada sem vida

Após a morte da jovem, os criminosos abandonaram o corpo e fugiram. O local onde Natany foi assassinada fica próximo à CE-266, na entrada do distrito de Laranjeiras, em Banabuiú. A vítima foi localizada após a prisão dos acusados em Quixadá, que indicaram onde haviam deixado o corpo.

O laudo pericial confirmou que Natany Alves sofreu múltiplos traumatismos cranianos, e teve a cabeça dilacerada pela violência das pedradas desferida pelos criminosos. Vestígios de sangue foram encontrados nas pedras próximas ao corpo​.

Os três acusados foram presos em flagrante e tiveram a prisão preventiva decretada. O Ministério Público justificou a medida alegando a gravidade do crime, a periculosidade dos envolvidos.