
O Brasil tem registrado, em média, um acidente aéreo a cada dois dias neste início de 2025. Desde o começo do ano, já foram 23 ocorrências envolvendo aeronaves de pequeno porte, sendo sete delas fatais. O saldo é de 11 mortos em pouco mais de um mês, conforme dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer).
O caso mais recente aconteceu na segunda-feira (10), no sul da Bahia. Um ultraleve caiu e explodiu próximo à Praia da Barra do Cahy, em Cumuruxatiba, matando um empresário mineiro e ferindo o piloto.
A escalada de acidentes acompanha o aumento da frota de aeronaves de pequeno porte e da demanda por voos, especialmente após a pandemia de COVID-19. Especialistas alertam que, em algumas operações, as regras de segurança são menos rígidas, o que pode elevar os riscos.
Nos últimos dois meses fechados – dezembro de 2024 e janeiro de 2025 –, foram registrados 41 acidentes, sendo 11 fatais. O número representa um aumento de 46,4% em relação ao mesmo período anterior.
O cenário reforça uma tendência preocupante. Em 2024, o Brasil teve 152 mortes em acidentes aéreos, quase o dobro das 77 vítimas de 2023 e mais que o triplo das 49 registradas em 2022. O crescimento da estatística levanta questionamentos sobre a fiscalização e a segurança da aviação civil no país.