A China é mais uma vez o epicentro de um novo alerta, com a notícia de que um vírus estaria se espalhando no início deste ano. Foi noticiado nas redes sociais que o país declarou estado de emergência devido um novo surto, o que preocupou os brasileiros pelo temor de uma nova pandemia. Mas a história não é bem assim.
O vírus em questão é o metapneumovírus humano, conhecido pela sigla HMPV, um vírus que já circula no Brasil há mais de 20 anos e que já foi encontrado até no Ceará. De acordo com o Ministério da Saúde, o HMPV é um vírus respiratório que causa infecções, e seu quadro sintomático se assemelha ao de uma virose. Só em casos mais graves é que seus sintomas se assemelham aos da Covid-19.
No Brasil, ele foi identificado pela primeira vez em 2004 e desde então, tem sido monitorado como parte das atividades do ministério. No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado encontrou quase 130 amostras positivas do vírus só em 2024, e não houve nenhuma alteração no quadro de sintomas entre os pacientes. Ou seja, tudo dentro do que já é esperado e nada grave.
Assuntos que causam medo ou temor na população, costumam ser abordados em demasia pela imprensa, na busca pela audiência. Desde que superamos o período da pandemia, com inúmeros mortos, ficamos em alerta todas às vezes que escutamos a palavra vírus, mas muitos deles já existiam e continuam a existir, sem que isso represente algo muito grave.
A China se tornou um país extremamente cauteloso depois da pandemia, por lá é comum que qualquer ameaça, por menor e aparente que seja, coloque as autoridades em saúde para reforçar os trabalhos de prevenção.
O Ministério da Saúde informou que acompanha “atentamente” o surto de metapneumovírus humano (HMPV) registrado ao longo das últimas semanas na China. Segundo a pasta, o vírus responde por uma série de infecções respiratórias identificadas no país, sobretudo entre crianças.
“Até o momento, não há alerta internacional emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de vários países, incluindo a China, para monitorar a situação e trocar informações relevantes.”