Mais de 600 mil pessoas no Brasil usam remédios a base de maconha medicinal

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Ilustração de remédio à base de canabidiol (Foto: ilustração gerada por IA)

Este ano, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal, número recorde e 56% superior ao do ano passado. O dado consta do anuário produzido pela Kaya Mind e divulgado na última semana.

O segmento movimentou R$ 853 milhões, valor que ajuda a dimensionar sua força. Outro dado mencionado pelo relatório é o de que os pacientes estão espalhados por aproximadamente 80% dos municípios.

Segundo Maria Eugenia Riscala, CEO da empresa Kaya, que abriga a Kaya Mind, há mais de 2.180 produtos de cannabis medicinal, variedade que contempla diversas necessidades. A quantia atingida este ano supera em 22% a do ano passado, de R$ 699 milhões. A projeção é de que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão em 2025.

No Ceará, como em outros estados, uma quantidade de pacientes que utilizam esses tratamentos tende a ser monitorada por clínicas especializadas e por associações que lutam pela ampliação do acesso.

Um dos casos que repercutiu no estado foi decidido em julho deste ano. A Defensoria Pública do Ceará (DPCE) garantiu na Justiça o direito de uma mulher cultivar maconha em casa para fins de extração de óleo medicinal. Na condição de pessoa com autismo, diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e ansiedade generalizada, ela necessita do canabidiol para tratamento prescrito por médico.