Região Central: A Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), com apoio das Polícias Civil e Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira (22/11), a Operação “Ad Manus”. Durante a ação, foram presos e afastados das funções, por 180 dias, o atual prefeito Marcondes Jucá e o servidor João Victor, da Secretaria de Transporte do município. A Justiça expediu ainda mandado de prisão contra o prefeito eleito de Choró, mas ele está foragido.
Por ter foro privilegiado em razão do cargo de prefeito, a ordem de prisão de Marcondes Jucá foi da desembargadora Maria Ilna Lima de Castro. Apesar de seu afastamento por 180 dias, ele já deixaria o cargo em dezembro de 2024. Jucá foi preso emsua residência na cidade de Quixadá.
Além das prisões, também foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão nas cidades de Canindé, Choró, Quixadá e Madalena contra os investigados. Os alvos são vereadores, servidores públicos, ex-secretários municipais e empresários da região suspeitos de praticarem atos ilícitos em contratos de prestação de serviço de abastecimento de veículos da Prefeitura de Choró. Foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e documentos relacionados aos contratos investigados.
O Poder Judiciário ainda determinou o encerramento imediato dos contratos da Prefeitura com as empresas alvos da operação. Os investigados poderão responder por crimes contra a administração pública, peculato, falsidades material e ideológica e corrupção passiva e ativa.
O Revista Central não conseguiu contato com os acusados ou com seus advogados, deixando o espaço aberto para qualquer direito de resposta.
Nome da operação
A operação recebeu o nome de “Ad Manus”, expressão em latim que significa “Nas mãos”. A escolha tem relação com a suposta sucessão fraudulenta, com indícios da continuidade dos crimes.