O Ministério Público do Estado do Ceará deflagrou, na manhã desta terça-feira (18/11), a Operação Ágio, que investiga suspeita de crimes de usura (agiotagem) e extorsão atribuídos a um 2° tenente da Polícia Militar, na capital. A ação do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do MP apurou que o agente de segurança pública emprestava dinheiro e teria cobrado juros e comissões superiores à taxa permitida por lei, prejudicando, assim, 50 pessoas entre os anos de 2017 e 2022.
Conforme as investigações do Nuinc, o militar teria recebido valores que ultrapassam um milhão de reais, como resultado da agiotagem e extorsão praticada por diversas vezes em Fortaleza. Diante desses indícios, o MP do Ceará, em conjunto com a Delegacia de Assuntos Internos (DAI) da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), cumpriu mandado de busca e apreensão pessoal e domiciliar no endereço do investigado, na capital. A medida judicial foi autorizada pela 10ª Vara Criminal de Fortaleza. Foram apreendidos documentos, escrituras e contratos de compra e venda de imóveis de terceiros, munições, joias em ouro, dentre outros objetos que serão analisados pelo Ministério Público.
O nome da Operação faz referência ao significado de ágio, isto é, a prática da cobrança de juro em valor superior à taxa legal, obtido por empréstimo em dinheiro, especulação, usura.