A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (26) a Operação Inocência Protegida VII , com o objetivo de combater o compartilhamento de material de abuso sexual infantil em grupos de aplicativos de mensagens. A ação foi motivada por denúncias recebidas por meio do portal Comunica PF, que denunciaram crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
A investigação envolveu 41 linhas telefônicas envolvidas na propagação de material ilícito, incluindo três vinculadas ao estado do Ceará. Em cumprimento a mandatos de busca e apreensão expedidos pela Justiça, os agentes realizaram operações nas cidades de Fortaleza, Itapipoca e Aracati.
Durante a operação, dispositivos eletrônicos, mídias digitais e outros materiais foram coletados e serão submetidos a análise pericial. O objetivo é confirmar a autoria dos crimes, identificar possíveis vítimas e aprofundar as investigações.
Um dos investigados tentou destruir tentativas ao jogar seu celular na caixa de descarga de um sanitário. O aparelho, no entanto, foi recuperado pelos agentes federais, reforçando as provas contra os suspeitos.
As autoridades enfatizaram a gravidade dos crimes investigados e reforçaram a importância da denúncia por parte da população. “Esse tipo de crime atinge diretamente a vulnerabilidade de crianças e adolescentes. A sociedade precisa estar vigilante para que possamos reforçar esses atos com rigor”, destacou a Polícia Federal em nota.
A Operação Inocência Protegida já está em sua fase sétima, refletindo os esforços contínuos da PF no enfrentamento de crimes contra a dignidade sexual. Os investigados poderão responder por crimes como posse, compartilhamento e produção de material envolvendo abuso sexual infantil, além de possível associação criminosa. As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão.