Região Central: No início do ano de 2023, o município de Milhã ganhou as páginas de jornais do Ceará pela grande cheia causada pelas chuvas que inundou casas e deixou áreas isoladas. Quase dois anos se passaram, e como consequência de uma crise climática, Milhã volta a ser notícia, mas agora por um motivo no outro extremo: a seca.
A situação não é nada fácil: o açude que abastece a cidade, o Jatobá, está com apenas 6,7% de reserva de água, e a adutora da cidade de Senador Pompeu, que socorre Milhã quando falta água por lá, está sem condições de uso, o que torna a situação ainda mais crítica.
Em função do cenário crítico da pouca água que resta, e da demanda para abastecer os moradores, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) começou a fazer o abastecimento de áreas da cidade por escala: em um dia a água chega, no outro, a água falta.
A Prefeitura de Milhã está divulgando boletins semanais buscando sensibilizar a população, e já afirmou que a qualidade da água do Açude Jatobá é inapropriada para o consumo humano.
Uma das medidas emergenciais adotada pela Prefeitura, foi a limpeza de poços profundos, ação realizada em parceria com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e com a Superintendência de Obras Hidráulicas (SOHIDRA), e a contratação via licitação de carros-pipa para abastecer os moradores.
O prefeito Alan Macedo recebeu uma comitiva da Cogerh nessa terça-feira (19), junto da gerência da Bacia Hídrica do Banabuiú, para acompanhar a situação in loco.