Preocupante: Homem viciado em jogo do “tigrinho” tirou a própria vida em Quixadá, conclui polícia

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Jogo do Tigrinho é um dos alvos preferidos dos viciados em apostas (Foto: Jornal Sou de Palmas)

Região Central: O falecimento de um homem no dia 09 de setembro de 2024 chamou a atenção das autoridades policiais de Quixadá. A vítima de 30 anos saiu para trabalhar naquele dia e simplesmente não mais voltou para sua residência, despertando preocupação para seus familiares. Ele era viciado em jogos de azar.

A esposa registrou no mesmo dia um Boletim de Ocorrência na Delegacia Municipal de Polícia Civil de Quixadá. Horas depois foi encontrado nas proximidades de um açude no bairro Renascer. O caso foi registrado como morte suspeita, assim, a polícia passou a investigar, mas o resultado surprendeu.

Um depoimento chamou a atenção, a esposa ao depor na Polícia Civil revelou que o esposo estava viciado em jogo do tigrinho (plataforma de jogos ilegais). Muitas vezes ganhava, outras perdia. A vítima chegou a pedir dinheiro emprestado. A irmã chegou a dizer que o irmão pensava que ganhar pelo menos R$ 20 mil reais na plataforma “…que acredita que [nome ocultado] não teve esse autocontrole de parar de jogar e acabou se endividando porque o aluguel da casa estava atrasado e a luz cortada…”

“Que acredita que o motivo de ele ter tirado a própria vida foi o endividamento por contas desses jogos”, disse a irmã.

No processo enviado ao Poder Judiciário, o delegado municipal Rodrigo da Silva Pinto destaca em seu relatório que a extração dos dados no aparelho celular do falecido demonstra que ele já vinha pesquisando os efeitos de veneno no corpo humano. “Sabe-se que muitos influenciadores digitais de todo o Brasil, inclusive de Quixadá e região, estão ganhando quantias expressivas em dinheiro para atrair vítimas como [nome ocultado] ao vício do jogo, onde essas pessoas acabam perdendo o suado e escasso dinheiro que auferem para sustento da família, através da vã promessa de que ficaram ricos jogando, sendo na verdade, vítimas de propaganda enganosas” destaca o delegado.

O Revista Central preferiu não revelar os nomes das partes para preservar suas identidades!