Nova técnica de biópsia por congelação usada no HRSC detecta câncer em até 30 minutos

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Equipamento realiza o congelamento do tecido para ter laudo elaborado por médico patologista (Foto: Sesa CE)

Região Central: O Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), realizou a primeira cirurgia com procedimento diagnóstico de biópsia por congelação. A técnica garante o resultado do material coletado para a biópsia em uma média de 20 a 30 minutos.

O novo serviço foi realizado pela primeira vez na última quarta-feira (4), em três pacientes provenientes de Tauá, Boa Viagem e Ibicuitinga, que investigavam uma neoplasia (tumor) na região da mama.

Enquanto a cirurgia está em andamento, a equipe coleta o tecido da área investigada, leva a uma máquina de congelamento e logo depois o material é avaliado microscopicamente por um médico patologista. Em até meia hora, o resultado do material tem o laudo emitido, e permite que a equipe proceda no mesmo instante, com a retirada da área afetada, caso o tumor seja maligno.

Rodrigo Oliveira, cirurgião oncológico do HRSC, explica que a técnica será incorporada aos novos serviços do HRSC, e poderá ser usada em casos específicos, como mama, tireóide, ovário, pulmão, colo uterino, endométrio, vulva e casos específicos de tumor de pele.

Na prática, avalia o médico, o serviço oferece em uma melhor condução terapêutica, uma vez que o diagnóstico precoce garante chances maiores de um tratamento mais eficaz. “Isso possibilita um diagnóstico mais rápido, assim como cirurgias mais conservadoras, com maior preservação de tecidos saudáveis, garantindo melhores resultados para o paciente”, diz Rodrigo.

O Laboratório do HRSC, envolvido diretamente no processo, garantiu o treinamento de profissionais da equipe para a manipulação correta do equipamento. Júnior Coelho, biomédico e gerente de Laboratório, reforça a importância do procedimento, que será incorporado aos serviços de oncologia oferecidos pelo HRSC, para casos selecionados, oferecendo um cuidado mais seguro e eficaz.

“É um procedimento que até então, só era oferecido em unidades de saúde da Capital e no Cariri. Ele é importante porque avalia se a neoplasia já está invadindo outros tecidos. Essas pacientes tiveram os resultados dos exames liberados de forma rápida e muito efetiva”, explica o biomédico.