Toda vez que um avião cai, acontece uma onda de comoção nacional e de medo. Ao ver as notícias de uma acidente aéreo, o receio de morrer voando aumenta. Mas, afinal, em termos de probabilidade, quais são as chances de um avião cair?
Você talvez nem acredite, mas são muito pequenas, muito mesmo. De acordo com uma reportagem da BBC Brasil, um estudo publicado este ano pelo Massachusetts Institute of Technology indica que o risco de acidentes com avião é de um em 13,7 milhões em todo o mundo. É uma média feita a partir da soma de acidentes em cada país.
Se o risco medido for de acidentes só no Brasil, as chances são ainda menores: uma em 80 milhões. Para se ter uma ideia do quão distante é a ideia de um avião cair, basta comparar com a probabilidade de ganhar na Mega Sena: uma aposta em cada 54 milhões.
A impressão de insegurança é criada porque quando um avião cai, vira uma notícia muito explorada. São várias reportagens sobre os desdobramentos, as hipóteses da queda, o resgate de corpos… e por aí vai. Isso explicaria essa sensação: de tanto ver as notícias, seja em nos vários canais de TV ou na internet, você tende a acreditar se tratar de algo corriqueiro, mesmo que seja algo raro. Mas a notícia é explorada justamente porque queda de avião é um fato raro.
Os estudos que apontam para a probabilidade deste risco não são de agora. Em 1998 as chances de um aciente era de uma para cada três milhões de voos, conforme uma reportagem do jornal Folha de São Paulo. Naquele ano aconteceram 1.398.168 voos em todo o Brasil e nenhum acidente.
Um fato concreto na indústria da aviação é que um acidente aéreo é causado por uma cadeia de fatores, e não um único fato em sí. Por isso, na investigação aberta pela Força Aérea no Brasil para apurar as causas da queda do avião da Voepass em Vinhedo, no último fim de semana, técnicos de outros países onde as peças do avião e o motor são fabricados, foram chamados para atuarem juntos.